Praticamente uma semana depois da morte de Pinto da Costa, a família do antigo presidente do FC Porto enviou um comunicado ao Jornal de Notícias no qual, para além de agradecer o apoio de todos os adeptos, demonstra a intenção de manter as amizades e, sobretudo, a inimizades criadas por este em vida.
"Nunca vamos esquecer o apoio desinteressado e amigo de tantos de vós, que genuinamente gostavam e respeitavam Jorge Nuno Pinto da Costa", começa por ser referido.
"A nossa dor é proporcional ao amor e orgulho que continuamos a sentir por um homem que em privado ainda era mais excecional do que foi na sua vida pública, em que colecionou tantos sucessos", lê-se ainda.
Na parte do comunicado que chama mais a atenção a família reitera a sua vontade de "não participar em nada que envolva as pessoas por ele mencionadas".
"Agradecemos profundamente todas as homenagens, que nunca serão demais, mas a nossa intenção será sempre a de respeitar a vontade do nosso pai e marido, escrita, falada e explicitamente comunicada, de não participar em nada que envolva as pessoas por ele mencionadas".
Por "pessoas por ele mencionadas", a família refere-se aos nomes que Pinto da Costa referiu que não queria ver presentes no seu funeral no livro 'Azul até ao fim'.
"Esta opção não representa qualquer hostilidade em relação ao FC Porto, o clube que o nosso pai e marido amou profundamente desde a infância até ao último dia e serviu durante mais de 60 anos", esclarece-se.
Por fim, é referido que as "cinzas serão mantidas na família", tal como transmitido por este em vida ao cardeal D. Américo Aguiar, que celebrou o funeral de Pinto da Costa.
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