Rui Reininho temeu morrer à espera de medicamento

O caso em torno dos atrasos na aquisição do medicamento para a hepatite C ganhou novo destaque quando um paciente confrontou o ministro da Saúde em plena audição parlamentar.

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Notícias Ao Minuto
30/03/2015 11:40 ‧ 30/03/2015 por Notícias Ao Minuto

Fama

Hepatite C

Em entrevista à Notícias Magazine, Rui Reininho, vocalista dos GNR, que voltaram este mês aos escaparates com novo trabalho – ‘Caixa Negra’ –, falou sobre o drama que viveu à espera do medicamento ‘milagroso’ para a hepatite C.

O fármaco em causa é o mesmo que gerou protestos. O Governo não queria pagar o preço elevado que lhe era exigido – isto, quando o medicamento era garantido a preços mais baixos noutros países. Mas, enquanto as negociações entre Governo e farmacêutica decorriam, os pacientes esperavam. E a espera fez mesmo uma vítima.

“Eu sabia que teria de haver um mártir para haver um desfecho”, diz Rui Reininho sobre a difícil espera para que o medicamento chegasse. “Sabia que podia ser eu. Foi aquela senhora no Egas Moniz”, recorda.

Os piores dias foram em julho de 2014. Não por acaso, os mesmos em que protagonizou uma polémica e abrupta saída do programa ‘The Voice’ (imagem acima), onde era um dos jurados. “Daí a minha impaciência no programa e aquele comportamento um bocadinho desesperado”, conta à Notícias Magazine.

O vocalista dos GNR, agora com 60 anos, feitos a 28 de fevereiro, revela que foram tempos em que “chegou a colocar-se a hipótese de quimioterapia”. Foi, inclusive, preparando amigos e família. Preocupou-se em organizar as contas e as tarefas em casa e explicar tudo ao filho de 18 anos, que por vezes “ficava abalado, aflito com a morbidez”.

Para Reininho, porém, a questão era muito pragmática. Diz o homem que assume que viveu a vida de maneira acelerada: “Não foi propriamente a fast lane, mas foi a 120km/h sem restrições”.

A espera foi dolorosa mas o Governo acabou por avançar para a aquisição do medicamento de que tantos pacientes de hepatite C necessitavam. “O medicamento, que chegou 20 dias antes do aniversário, está a resultar e os indicadores da doença negativaram pela primeira vez em 26 anos”, faz saber.

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