A filha de Adelaide Ferreira, de 15 anos, está a ser alvo da atenção da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCRJ) e pode vir a ser acompanhada por esta comissão se se entender que a jovem está numa situação de perigo e exista uma autorização dos pais.
Fonte da CNPCRJ adiantou ao Diário de Notícias (DN) que a comissão pode actuar e vir a acompanhar a filha da cantora portuguesa, que provocou um aborto aos três meses de gravidez, no Brasil, “se houver razão para isso”. O presidente daquele organismo, por seu turno, não quis pronunciar-se alegando não “conhecer o caso”. A intervenção da comissão de menores poderá ocorrer visto que, apesar de a menor se encontrar no Brasil residir em Portugal.
Já a embaixada portuguesa no Brasil foi “informada por um familiar e está a acompanhar o caso”, mas adiantou ao DN que “ainda não foi oficialmente notificada pelas autoridades” locais.
De acordo com a imprensa brasileira, Adelaide Ferreira pode vir a ser notificada pela polícia do país nas próximas semanas após ter alegadamente ajudado a filha a provocar o aborto que é considerado crime no Brasil, e punível com uma pena de prisão de um a quatro anos, de acordo com o Código Penal.
As autoridades brasileiras suspeitam que, além da cantora portuguesa, também o namorado da sua filha e a mãe deste tenham colaborado no crime de “provocar o aborto com o consentimento da gestante”.
Ao DN, o Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho, considera que Adelaide Ferreira não terá tido intervenção nos factos "porque a filha não lhe pediu autorização", mas apenas “fez o seu papel de mãe” e “ao saber da situação [da filha] correu para ajudá-la”. O bastonário também não acredita que a filha da cantora portuguesa continue retida no Brasil, argumentando que “não podem prender uma jovem de 15 anos por tomar uma pílula que foi vendida na internet”.