De acordo com a investigação da BBC News, a nova versão propõe um ciclo de alimentação e de jejum mais acelerado, no qual os pacientes devem comer normalmente por um período de oito horas e, depois, realizar o jejum por 16 horas seguidas.
A janela de alimentação mais comum desse modelo ocorre entre 10h e 18h, o período do dia em que a pessoa pode comer o que quiser.
Por outro lado, durante as horas de jejum, o paciente não come nada e só pode ingerir água ou alguma bebida não calórica. A vantagem do método, segundo os seus adeptos, é que boa parte do jejum coincide com os horários de sono e descanso.
Segundo um estudo científico de 2016, conduzido por investigadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, esse padrão de alimentação poderá ajudar na perda de peso de maneira moderada por ser mais sustentável para alguns pacientes do que outras dietas mais restritivas.
As vantagens da dieta 16 por oito
Um grupo de académicos da Universidade de Illinois, de Indiana e dos Instituto Salk de Estudos Biológicos, realizou um estudo de 12 semanas, que envolveu 36 pessoas obesas submetidas à dieta 16 por oito.
Os resultados foram publicados na revista científica Nutrition and Healthy Aging, e mostraram uma perda média de peso de três quilos em 12 semanas, e também uma redução, em média, de 341 calorias consumidas diariamente.
Como tal, os investigadores sugerem que restringir o consumo de alimentos a oito horas por dia pode gerar uma restrição calórica moderada, além da perda de peso sem que seja necessário estar a contabilizar a quantidade de calorias ingeridas.
Porém, tratam-se de resultados iniciais e serão necessários estudos a longo prazo de forma a comprovar totalmente essas inferências.
E as desvantagens?
Entre os efeitos secundários do jejum estão: dores de cabeça, tonturas, dificuldade em manter a concentração, alterações de outras patologias e na absorção de medicamentos pelo corpo.
Já entre as pessoas mais vulneráveis a esse tipo de dietas, adverte a nutricionista britânica Kerry Torrens, estão os idosos e os menores de 18 anos, as pessoas quem têm índice de massa muscular muito baixo ou problemas emocionais ou psicológicos relacionados com a alimentação.
A nutricionista diz que, em geral, as dietas intermitentes podem ser tão eficazes para perder peso como outras que restringem o consumo de calorias. Mas ainda "temos muito a aprender sobre esse método, incluindo qual é o padrão ideal de jejum ou de restrição calórica", diz.