É o Business Insider quem explica o porquê de esta ser uma palavra (ou atitude) com dois lados: Imagine que planeou algo com um amigo que acaba por não comparecer no local e hora combinados, sem qualquer explicação. Apenas horas depois, quando já está ocupado com outros planos, é que o tal amigo lhe liga para explicar porque falhou ao compromisso. Caso não atenda o telefone à primeira por estar ocupado, vai pedir-lhe desculpa?
Após o cenário descrito, a publicação explica que ao pedir desculpa demasiadas vezes, tende a ser menos levado a sério e menos respeitado.
Mesmo que o faça inconscientemente, que é o que acontece na maioria das vezes, o indivíduo acaba por se sentir mais fraco e em desvantagem em relação a outros que mostrem maior segurança – e nem por isso passam uma atitude pouco humilde. Do mesmo modo, colegas menos bem intencionados podem se aproveitar deste hábito, ou fraqueza.
Se vai contra alguém na rua ou se esqueceu do aniversário de um amigo, sim, deve pedir desculpa, mas em casos maiores, o pedido de desculpas deve ser medido e feito apenas em situações em que faça realmente sentido. Assim, quando o fizer será de forma sincera.
Como explica o psicólogo Perpetua Neo o uso exagerado da palavra ‘desculpa’ pode-se relacionar com uma baixa auto-estima: “É a diferença entre ser gentil e profissional e ser gentil e boa pessoa. Por vezes, sobrestimamos a ‘boa pessoa’ que tende a perder os limites e exagerar na boa educação” explica, e esclarece que não pedir desculpa por tudo não faz de si má pessoa.
Se precisa de interromper uma conversa, por exemplo, diga “com licença” em vez de pedir desculpa pela sua presença. Uma pequena mudança de atitude, que o pode ajudar a assumir uma postura no trabalho bastante mais levada a sério.