Apesar do popular mito estar enraizado na cultura popular, a verdade é que não existem evidências científicas que o apoiem.
A publicação internacional BBC News reviu pesquisas recentes e confirma ao invés que as principais causas dos sintomas de ressaca são desidratação, mudanças nos níveis de hormonas como aldosterona e cortisol e os efeitos tóxicos do próprio álcool.
Mais ainda, há provas de que o sistema imunitário é afetado provocando por sua vez dores de cabeça, náuseas e fatiga.
E a regra é de facto simples: quanto mais álcool beber, pior será a ressaca no dia seguinte - com ou sem misturas.
Segundo a BBC, existem dois ‘ingredientes’ principais para uma ressaca severa, nomeadamente - beber muito álcool e beber muito rápido. A mesma quantidade de álcool, porém, nem sempre resulta na mesma severidade da ressaca.
Sabe-se que misturar bebidas pode levá-lo a consumir mais álcool - e isso pode consequentemente piorar a ressaca. Além disso, algumas bebidas parecem ter um efeito posterior pior do que outras.
Além da intoxicação causada pelo álcool, há outros componentes que afetam o nível da ressaca - os chamados congéneres. Os congéneres são substâncias não-alcoólicas produzidas durante a fermentação, como acetona, acetaldeído e taninos, que mudam as cores das bebidas e lhes dão sabores distintos.
Bebidas claras, como vodca, tem menos congéneres do que as mais escuras, como o uísque. Na verdade, um uísque bourbon tem 37 vezes mais congéneres do que a vodca, o que torna a ressaca de uísque pior.
Portanto, misturar bebidas claras e escuras pode fazer com que sinta mais enjoado do que se tivesse bebido apenas líquidos claros. Porém, tal não sucede devido à mistura em si, mas porque certas bebidas são mais potentes do que outras.
A reter, todos os tipos de álcool diminuem igualmente a cognição no dia seguinte... sem misturas ou não!