Comum é a premissa de que um copo de vinho tinto por dia tem efeitos positivos na vida do ser humano, que desta forma garante prevenir certas doenças bem como retardar o envelhecimento, graças aos antioxidantes presentes nesta bebida alcoólica.
Este é o ponto central da dúvida ‘beber ou não beber?’. Eis a questão. E qual Shakespeare, muitos são os investigadores que fazem por descobrir a resposta seja por um ângulo a favor, ou não, da bebida.
Um estudo da Universidade da Carolina do Norte provou que o consumo de álcool triplica o risco de cancro da próstata em homens com menos de 19 anos ou mais de 49 – e basta uma dose por dia.
Outro estudo, publicado no Nature, não especifica o tipo de cancro, mas alerta igualmente para o risco desta doença já que ao consumo de álcool se associa a alternação do ADN que pode levar a repercussões para o organismo a vários níveis, inclusive o desenvolvimento de tumores cancerígenas.
A par do cancro, Miguel Ángel Martínez-González, professor catedrático de medicina preventiva e saúde pública da Universidade de Navarra aponta também problemas de fígado ou do pâncreas, risco de enfarte, derrames cerebrais além de acidentes de viação, suicídios e violência.
Estudos à parte, vamos a números: Quanto menos álcool, melhor. Esta é a sugestão da Organização Mundial de Saúde que se sustenta nos números que aponta para um total de 6% das mortes a nível mundial como resultantes do consumo de álcool.
Ainda assim, estudiosos não descuram a ideia de que há um lado bom no consumo de álcool. Mas em vez de se apontar uma bebida alcoólica específica ou dose, os cientistas da Universidade de Harvard apontam idades. Para homens, mais de 55 anos, e para mulheres, 45.
Estas são as idades a que o consumo diário de álcool se deve restringir já que é a altura da vida em que o consumo de álcool pode ajudar a prevenir um acidente cardiovascular. Ainda assim, os autores do referido estudo alertam para o facto de, em nenhuma circunstância, os médicos devem aconselhar o consumo de álcool.
