O vírus que provoca herpes poderá ser responsável pelo menos por metade dos casos de doença de Alzheimer, refere cientista.
A especialista de renome mundial Ruth Itzhaki no estudo da demência, docente na Universidade de Manchester, no Reino Unido, reviu ao longo de mais de 25 anos dados populacionais que sugerem que o vírus do herpes parece aumentar o risco.
Se a conexão for provada após a realização de ensaios clínicos, irá então abrir a porta para a prevenção de milhares de casos de demência, através da da aplicação de uma injeção ou da toma de medicação anti-viral.
A pesquisa de Itzhaki concluiu que tratar o herpes com drogas antivirais parece reduzir dramaticamente o risco de Alzheimer.
A professora disse: “Os resultados surpreendentes incluem provas que o risco de desenvolvimento de demência senil é exponencialmente mais elevado entre os indivíduos infetados com herpes, e que os tratamentos anti-virais para tratar a condição provocam uma diminuição dramática no número de pessoas afetadas por herpes simplex 1 (HSV-1), que posteriormente sofrem de demência”.
“O HSV-1 pode ser responsável por mais de 50% dos casos de Alzheimer”, alertou.
Em resposta às polémicas conclusões da professora britânica várias organizações que estudam a demência insistem que são necessárias mais pesquisas que comprovem a conexão e a realização de ensaios clínicos em humanos.