A mesma pesquisa refere que quatro em cinco pessoas envolvidas em relacionamentos amorosos se sentem de facto confortáveis a conversar com o seu parceiro acerca da sua saúde mental.
Os casais que discutem abertamente um com o outro acerca deste tema apresentam uma maior predisposição para terem relacionamentos mais saudáveis e felizes.
Atualmente, os problemas do foro mental afetam uma vasta porção da população mundial, estimando-se que duas em cada três pessoas experienciem em algum momento da sua vida algum tipo de condição psicológica.
Conversar com um amigo, familiar ou colega de trabalho acerca de algum problema do foro mental pode ser benéfico para o bem-estar, como evidencia a organização britânica Mental Health Foundation.
O mesmo sucede para os indivíduos em relacionamentos amorosos, assim como foi destacado pelo segundo relatório de ‘Índice de Felicidade’ levado a cabo pela empresa eharmony (site dedicado a encontros online).
Para efeitos daquela pesquisa foram questionados mais de dois mil indivíduos com mais de 21 anos.
De acordo com os dados apurados, mais de quatro em cada dez casais são afetados por problemas do foro mental, tais como ansiedade, depressão e deficit de atenção ou hiperatividade.
Dos entrevistados, quatro em cada cinco admitiu sentir-se confortável em falar acerca da sua saúde mental com o parceiro. Sendo que tal mostrou ter um impacto positivo em mais de metade das relações analisadas.
Por outro lado, pessoas para quem era difícil falar acerca desses temas apresentavam uma maior probabilidade de serem infelizes nesses relacionamentos amorosos.
Entre os indivíduos classificados como pertencendo à Geração Z (tipicamente nascidos a meio da década de 1990 até meados dos anos 2000), sete em cada dez reportaram um afiliação positiva entre falar sobre a saúde mental com o companheiro e ter um relacionamento amoroso feliz.
“Ficámos surpreendidos com o facto da Geração Z ser afinal tão aberta”, afirmou Jeannie Assimos, porta-voz da eharmony, em declarações à publicação The Independent.
“Esta geração está geralmente associada ao estigma de serem mais superficiais e estarem mais preocupados com o seu aspeto físico do que outra coisa qualquer, mas os dados revelam que estes jovens são afinal mais progressivos quando se trata de saúde mental e que são também mais comunicativos como os seus parceiros, o que por sua vez está na origem de relacionamentos mais felizes”.
O mesmo levantamento apurou que a ansiedade é o transtorno mental que mais afeta os adultos envolvidos em relacionamentos amorosos.