Sim, é preciso congelar o atum antes de o consumir. A ciência explica
Foram identificados pela primeira vez peixes contaminados com bactéria que causa diarreia, vómitos e até a síndrome de Guillain-Barré.
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Lifestyle Perigo
A comida japonesa e sobretudo o consumo de sushi está na moda. Todavia, comer peixe cru pode provocar contaminação e problemas intestinais.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Biológico de São Paulo (IB-APTA), no Brasil, apontou que 11,7% dos atuns frescos contêm a bactéria Campylobacter jejuni. A bactéria pode causar diarreia, vómitos e até a síndrome de Guillain-Barré, que faz com que o sistema imunitário ataque os próprios nervos e tecidos que compõem o organismo.
Para o estudo, que foi publicado no jornal científico Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, da Universidade de São Paulo (USP), foram avaliadas 85 amostras de atum fresco.
A pesquisa revelou que 13% dos peixes estavam contaminados com a bactéria Aeromonas hydrophila, que pode provocar diarreia e outros problemas, como infeção no sangue.
"Para evitar a contaminação, a população e os restaurantes devem congelar o atum, assim como é feito com o salmão. No congelamento, o desenvolvimento dessas bactérias é praticamente inviabilizado", explicou num comunicado Eliana Scarcelli Pinheiro, orientadora da pesquisa. "Não elimina 100% das chances de contaminação, mas diminui bastante o risco."
Também é aconselhado que o peixe seja comprado apenas em fontes seguras e que a manipulação do alimento seja realizada num local limpo.
"Não é possível identificar a olho nu os peixes contaminados com Campylobacter jejuni. A Aeromonas hydrophila pode causar lesões na pele do animal, mas também pode colonizar o intestino dos peixes, não sendo possível deste modo a sua deteção", informou Eliana Pinheiro. "Por isso, é muito importante que a faca e a tábua estejam bem limpas, para evitar a contaminação cruzada com outros alimentos ingeridos crus."
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