Seis mitos sobre o sono que estão a prejudicar a sua saúde

Inúmeros mitos sobre o sono estão a prejudicar a nossa saúde e estado mental e emocional, além de encurtarem a esperança média de vida, alertam estudos.

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Liliana Lopes Monteiro
24/04/2019 21:00 ‧ 24/04/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Bons sonhos

Uma equipa de investigadores da Universidade de Nova Iorque (NYU), nos Estados Unidos, resolveu procurar na Internet as recomendações mais comuns para que os indivíduos consigam ter uma ótima noite de sono.

Juntamente com um estudo publicado na revista Sleep Health, os investigadores combinaram essas recomendações com as melhores evidências científicas. Os cientistas esperam assim que ao colocarem em questão certos mitos do sono consigam melhorar de facto o bem-estar das pessoas.

É vítima de algum destes mitos?

Mito 1 – É aceitável dormir menos de cinco horas por sono

Este é um mito que simplesmente não desaparece.

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que pode sobreviver durante a semana com apenas quatro horas de sono por noite.

No entanto, os investigadores afirmam que a crença de que menos de cinco horas de olhos fechados seja saudável é um dos mitos mais prejudiciais à saúde.

"Existem provas científicas extensas que demonstram que dormir cinco horas ou menos de forma constante aumenta significativamente o risco de graves consequências à saúde", diz a investigadora Rebecca Robbins.

Tal inclui doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, além de uma menor expectativa de vida.

A especialista recomenda que os indivíduos durmam idealmente entre sete a oito horas por noite.

Mito 2 – beber álcool antes de ir dormir faz com que durma melhor

A crença que as bebidas alcoólicas relaxam é um mito, afirma a equipa, mesmo que seja um copo de vinho, um gole de uísque ou uma garrafa de cerveja.

"Pode ajudá-lo a dormir, mas reduz drasticamente a qualidade do descanso naquela noite", garante Robbins.

Isso perturba especialmente o estágio de sono REM, que é importante para a memória e aprendizagem.

Mito 3 – Ver televisão na cama ajuda a relaxar

Robbins alerta: "Geralmente, quando estamos a ver televisão, as notícias por exemplo, isso é algo que vai causar insónias ou stress antes de dormir, no momento que devíamos estar a tentar desligar e relaxar”.

Outro problema da TV – juntamente com o uso de smartphones e tablets – é que estes aparelhos eletrónicos emitem luz azul, o que pode atrasar a produção da hormona do sono, a melatonina.

Mito 4 – Se está com dificuldades em adormecer, fique na cama

Já deu por si a contar carneiros? Deixe-se disso.

"Assim começamos a associar a cama à insónia", disse Robbins.

"Uma pessoa com o sono saudável leva cerca de 15 minutos para adormecer, mas não muito mais do que isso... Certifique-se que sai da cama, muda o ambiente e faça algo até um pouco irracional – vá dobrar meias por exemplo!”.

Mito 5 – Não carregue no snooze

Quem nunca apertou o botão do snooze no telemóvel, acreditando que alguns minutos extra na cama fariam toda a diferença?

Todavia, o estudo defende que quando o alarme dispara, devemos levantar-nos.

Robbins explica: "É claro que sente um pouco grogue, mas resista à tentação de carregar no snooze”.

"O seu corpo vai voltar a adormecer, mas será um sono muito leve e de baixa qualidade”.

Mito 6 – Ressonar é sempre inofensivo

O ronco pode ser inofensivo mas também pode ser um sinal de apneia do sono.

A condição faz com que as paredes da garganta relaxem e se estreitem durante o sono, e pode parar por instantes a respiração dos indivíduos.

As pessoas que sofrem desse problema têm uma maior probabilidade de desenvolver pressão alta, batimentos cardíacos irregulares e sofrer um ataque cardíaco ou AVC.

E se tem dificuldade em sair da cama, veja se não sofre de clinomania.

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