Iker Casillas: Os 9 sintomas que antecedem um enfarte agudo do miocárdio

O guarda-redes espanhol Iker Casillas sofreu ontem, dia 1 de maio, um enfarte agudo do miocárdio, durante o treino no FC Porto. O jogador encontra-se agora em estado estável, porém estima-se que em Portugal morram anualmente 4366 individuos devido a esta condição cardiovascular.

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Liliana Lopes Monteiro
02/05/2019 08:42 ‧ 02/05/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Ataque

O enfarte do miocárdio é a designação dada a um 'ataque cardíaco'. Ocorre quando uma ou mais artérias que irrigam o coração ficam bloqueadas e este órgão não recebe sangue e oxigénio nas quantidades de que necessita. Nessas condições, as células da área do coração afetada morrem, segundo informações disponibilizadas pela rede de hospitais privadas CUF.

Um enfarte do miocárdio é uma emergência médica que requer tratamento imediato.

A maioria dos enfartes do miocárdio é causada por coágulos que, por sua vez, resultam do processo de aterosclerose, que envolve estreitamento e rigidez das artérias. A presença de níveis elevados de triglicéridos e de colesterol LDL conduz à formação de placas no interior das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo.

Segundo a CUF, as doenças do aparelho circulatório são ainda a principal causa de morte em Portugal, e em todos os países europeus.

Em 2017, a taxa de mortalidade por enfarte do miocárdio em Portugal foi de 24,2/100000 habitantes. O número de óbitos no mesmo ano foi de 4366.

Quais as causas do enfarte do miocárdio?

Como se referiu, o enfarte do miocárdio resulta da interrupção do fluxo de sangue para o coração com consequente morte do tecido não irrigado.

A causa mais comum para esse bloqueio é a aterosclerose. Para esta contribuem factores como a hipertensão arterial, os níveis elevados de colesterol LDL (o 'mau' colesterol), a acumulação do aminoácido homocisteína, o tabaco, a diabetes e a inflamação crónica.

Noutros casos, o fluxo de sangue ao coração é interrompido por um espasmo numa artéria coronária.

Os principais factores de risco para um enfarte do miocárdio são a genética, o tabaco, uma dieta rica em gorduras, a presença de níveis elevados de colesterol LDL, a falta de exercício físico, o excesso de peso, antecedentes familiares de enfarte, diabetes, hipertensão arterial, o stress e o género masculino ou, no caso das mulheres, a menopausa.

Como se manifesta o enfarte do miocárdio?

O enfarte do miocárdio pode manifestar-se de diversas formas:

  • dor em forma de aperto;
  • sensação de peso ou pressão no centro do peito;
  • A dor tende a irradiar para as costas, braço esquerdo, maxilar ou pescoço;
  • A respiração torna-se irregular e rápida, bem como o ritmo cardíaco;
  • Ocorrem tonturas;
  • fraqueza;
  • náuseas e vómitos;
  • sudação;
  • sensação de pânico.

Como se diagnostica o enfarte do miocárdio?

Perante os sinais de alarme apresentados, é essencial recorrer de imediato a um hospital. Quando mais tempo passar menores serão as possibilidades de recuperação.

O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica, no electrocardiograma e análises ao sangue.

Poderão ser solicitados exames adicionais, como uma radiografia ao tórax, ecocardiograma ou um cateterismo cardíaco.

 

Como se previne o enfarte do miocárdio?

É possível reduzir o risco de ocorrência de um enfarte do miocárdio deixando de fumar, realizando exercícios aeróbicos (caminhar, nadar, andar de bicicleta) durante, pelo menos, 30 minutos diários em cinco dias da semana, reduzindo os níveis de stress e adoptando uma dieta saudável, pobre em gorduras saturadas e rica em fruta, vegetais e cerais.

A manutenção de um peso adequado é igualmente muito importante.

Se existirem factores de risco, como a hipertensão arterial, diabetes ou colesterol, é essencial tratar e controlar todas essas condições que tendem a aumentar o risco de ocorrência de um enfarte do miocárdio.

 

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