AVC em crianças: Fatores de risco e 4 sintomas que jamais pode ignorar

Sim, os acidentes vasculares cerebrais também podem ocorrer na infância, apesar de a proporção de ocorrências ser menor, comparativamente à taxa de adultos. Saiba por que tal acontece e como reconhecer atempadamente.

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Liliana Lopes Monteiro
17/06/2019 09:00 ‧ 17/06/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Acidente vascular cerebral

É importante lembrar que o AVC dá-se pela saída ou interrupção súbita de circulação sanguínea em alguma região do cérebro ou em várias áreas ou ainda em mais áreas específicas da região cerebral. Os efeitos na criança são neurológicos e podem provocar sérias sequelas que vão desde leves às mais profundas.

"A frequência é infinitamente menor do que a ocorre com os adultos. Enquanto entre os mais velhos a taxa é de 4 ou 5% da população, entre as crianças, é de 0,1% ou 0,2% da população infantil", alerta Osmar Moraes, neurocirurgião do Hospital Santa Catarina, no Brasil em declarações à Globo. Para o clínico, como é um acontecimento raro, a dificuldade de obter um diagnóstico é maior.

Principais diferenças do AVC em adultos e crianças

Adultos: a pressão alta e o diabetes são alguns dos fatores de risco para a ocorrência de AVC nos indivíduos acima dos 18 anos.

Crianças: doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias das artérias, malformação de vasos sanguíneos cerebrais, anemias falciformes, doenças autoimunes, traumas cranianos são algumas das causas do derrame na infância.

Atenção: dor de cabeça em crianças também pode ser um sinal de alerta para os pais e que precisa de acompanhamento médico rápido.

S.A.M.U - Os quatro principais sintomas de AVC nos mais novos

"Os sintomas em crianças são muito nítidos. Os pais, certamente, saberão que se trata de algo grave. O mais comum é um défice motor, quando a criança para de mexer um lado do corpo, para de andar, enrola a língua, para de falar. E, na criança, diferente do adulto, em que tudo tende a ocorrer gradualmente, contrariamente entre a população mais nova tudo acontece extremamente rápido", diz o neurocirurgião.

Uma maneira de saber identificar os sinais dos sintomas do AVC é recordar-se de algumas dicas para providenciar o socorro necessário e saber se a criança responde aos estímulos. 

Vale ressaltar que o esquema abaixo é usado também para que pais e responsáveis tentem perceber com rapidez se há indício de um sintoma mais agudo.

S – Sorria (ao sorrir, a criança pode apresentar paralisia facial de um lado do rosto);

A – Abrace (para ver qual lado dos membros da criança está paralisado);

M – Música (para ver se houve alteração de fala, com dificuldade);

– Urgência (ligar para o serviço de atendimento de urgência o mais rápido possível).

Ao desconfiar de que uma criança está a sofrer um derrame, o melhor, além de ligar para o 112 o quanto antes, é tentar verificar se as vias aéreas estão desobstruídas. A língua enrolada pode ser a causa disso, por exemplo. "Também ajuda tentar manter a cabeça da criança elevada, para facilitar a drenagem do sangue. As outras ações precisam de treino e devem ser feitas por uma equipa especializada", orienta Moraes.

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