Fármaco para hipertensão (vendido em Portugal) pode reverter Alzheimer

Uma equipa de cientistas holandeses apurou que um medicamento de baixo custo, atualmente vendido para tratar a hipertensão, pode reverter os danos causados pela doença de Alzheimer “ao aumentar o fluxo de circulação sanguínea na área do cérebro onde se processa a memória”.

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Liliana Lopes Monteiro
18/06/2019 13:00 ‧ 18/06/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Alzheimer

O fármaco poderá ajudar a combater o Alzheimer, o tipo mais comum de demência, que afeta 44 milhões de indivíduos em todo o mundo.

Um novo estudo que analisou o medicamento conhecido como nilvadipine e comummente utilizado para reduzir os níveis de pressão arterial pode aumentar em 20% o fluxo sanguíneo na parte do cérebro que controla a memória.

A popular droga funciona ao alargar as artérias e impedindo o cálcio de penetrar – sem afetar outras partes do cérebro.

A pesquisa publicada no periódico científico American Heart Association's journal Hypertension, que ainda está na sua infância, sugere que o nilvadipine é capaz de reverter os sintomas de Alzheimer em algumas regiões.

O professor Jurgen Claassen, da Universidade Médica de Radboud na Holanda, que liderou o estudo, disse em declarações ao jornal britânico The Guardian: “Este tratamento para a pressão arterial é promissor já que não parece diminuir o fluxo sanguíneo no cérebro, o que pode causar mais danos do que benefícios”.

“Apesar de nenhum procedimento médico estar completamente livre de riscos, a verdade é que este fármaco utilizado para tratar a pressão arterial pode beneficiar tremendamente a saúde e funcionamento do cérebro em pacientes que sofrem de doença de Alzheimer”, concluiu Claassen.

 

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