"Os estudos mostram que as taxas de depressão na terceira idade podem variar entre os 2% para as depressões graves, até aos 10% para depressões menos graves", revela Ricardo Coentre, psiquiatra responsável pela Consulta de Psiquiatria Geriátrica do Hospital Lusíadas Lisboa, no site do referido hospital.
“Em ambientes de institucionalização, como residências assistidas ou hospitais, estas taxas podem atingir cerca de 30%”, alerta o psiquiatra.
Sintomas
A depressão na terceira idade pode ser uma condição pré-existente e ter começado numa idade mais jovem, embora também possa surgir associada a outras patologias ou condições de vida. O psiquiatra do Hospital Lusíadas Lisboa revela os sintomas mais frequentes:
– Tendência a isolar-se;
– Tristeza intensa, quase todos os dias e a maior parte do dia;
– Sentimentos de vazio e falta de esperança;
– Falta de prazer em todas ou na maior parte das atividades do dia a dia (“em casos graves deixa mesmo de alimentar-se, vestir-se ou fazer a sua higiene pessoal de forma adequada”, alerta o psiquiatra);
– Emagrecimento acentuado;
– Insónias;
– Fadiga ou falta energia quase todos os dias;
– Perda da vontade de viver e/ou pensamentos de morte.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco particulares que podem provocar o aparecimento ou a recorrência e/ou agravamento de uma depressão pré-existente. Tais como:
– Isolamento social (devido a viuvez, por exemplo);
– Problemas económicos;
– Existência de múltiplas doenças, com limitações e incapacidades associadas (como por exemplo: acidente vascular cerebral, doenças respiratórias, diabetes).
Se estiver a sofrer de depressão, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral.
Pode ainda contactar a organização SOS Voz Amiga (213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660 / Diariamente das 16h às 24h Linha Verde gratuita - 800 209 899 / Entre as 21h e as 24h).