A caspa e a comichão no couro cabeludo afligem metade da população, e as três causas principais são: couro cabeludo oleoso (e não seco, como muitos pensam), acumulação de pele morta ou um fungo chamado malassezia.
Esfregar vigorosamente champô no couro – e não apenas no cabelo – pode aumentar o excesso de produto na região, fazendo com que a descamação persista.
Para um melhor resultado, utilize champôs que contenham zinco ou ácido salicílico, que tratam o fungo e a acumulação de sebo. Se depois de algumas semanas ainda sentir comichão, deverá então consultar um dermatologista.
Soluções para a comichão na cabeça
Algumas substâncias presentes em produtos capilares podem gerar uma reação alérgica. Beni Moreinas Grinblat, dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no Brasil, diz que cada alergia tem uma causa. “O ideal é afastar o agente causal”, explica. “O alérgeno é frequentemente alguma fragrância ou um agente hidratante, chamado propilenoglicol”, completa Maria Hordinsky, professora da University of Minnesota (EUA).
Se sente muita comichão na cabeça (e em todas as partes), pare de usar produtos com os agentes citados por cerca de uma semana. Caso a irritação desapareça, substitua o champô e amaciador por opções sem fragrâncias ou com pH neutro.
Secadores de cabelo, ferros de alisar ou encaracolar, tintas e alisamentos quimícos também podem ser responsáveis por secar o couro cabeludo e provocar comichão.
Quando a comichão surge apenas numa área específica do crânio, então poderá tratar-se de uma condição de pele, como psoríase, esta consiste numa doença autoimune que causa manchas escamosas. A dermatologista Laís Dias afirma que o mal ainda possui uma causa desconhecida. “Ela pode se manifestar através de placas vermelhas e descamativas e possui alguns agravantes, como o fumo, o sobrepeso e a ansiedade. Além da pele, ela também pode surgir nas unhas e no couro cabeludo".
O tratamento da psoríase só pode ser realizado por um especialista. Renato Shintani Hikawa, dermatologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), enfatiza que a psoríase não é contagiosa. “Infelizmente, ainda não existe cura, mas há tratamentos e os pacientes podem melhorar a qualidade de vida quando bem tratada”.