Gosta de camarão? Não chupe a cabeça, pode ser tóxica para a saúde
De acordo com a Fundação Espanhola de Nutrição (Fundación Española de Nutrición), as cabeças dos camarões estão repletas de cádmio, um metal que pode ser tóxico para o organismo.
© iStock
Lifestyle Cabeça do camarão
O cádmio é um metal que existe no ambiente, porém também resulta da poluição e de resíduos industriais, segundo o periódico El Español.
Há décadas que Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutriciona (AESAN) alerta para as consequências da ingestão deste metal para a saúde dos seres humanos. O cádmio pode acumular-se no fígado, rins e deteriorar os ossos. Adicionalmente, se a exposição for prolongada pode contribuir para o aparecimento de vários tipos de cancro.
O jornal El Español destaca ainda a grande quantidade de colesterol presente no marisco, já que cada 100 gramas de camarão tem aproximadamente 200 miligramas. Sendo que a dose diária recomendada é inferior a 300 miligramas.
Ainda assim, o consumo de camarão também tem os seus benefícios. O alimento tem um baixo teor calórico, é rico em ómega 3 e está repleto de proteína, ou seja uma porção substitui por exemplo o consumo de carne.
Porém, este estudo contraria outros que já foram realizados anteriormente.
Investigadores brasileiros defendem que para além de saborosa, comer a cabeça pode ser um grande parceiro na saúde cardíaca, se os apreciadores deste fruto do mar não desperdiçassem, justamente, as partes mais nutritivas do alimento.
Uma pesquisa feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Brasil, garante que justamente a cabeça, a casca e a cauda do camarão – as que costumam ir direto para o lixo – são as mais ricas em proteína, ácidos graxos e ómega 3, nutrientes importantes para preservar o coração e dar um 'plus' no sistema imunológico. Sublinhando ainda que o colesterol presente neste marisco é o chamado colesterol bom (HDL) que promove a saúde cardíaca.
A descoberta foi publicada no Jornal da Unicamp e realizada pela engenheira química Andrea Del Pilar Sánchez Camargo. O estudo foi desenvolvido na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA). Segundo as informações divulgadas, “enquanto a carne tem 1% do óleo contendo ácidos gordos, o resíduo, em geral descartado, tem 5%, sendo que, deste, 25% é representado pelos ácidos gordos ómega 3”. Segundo declarações da investigadora ao Jornal da Unicamp, 50% do pescado que é descartado poderia ser utilizado na fabricação de suplementos alimentares.
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