Ciência investiga por que beber café dá vontade de ir à casa de banho

Num estudo realizado com ratos, cientistas concluíram que, sim, a bebida tem um efeito laxante – mas, tal não tem a ver com a cafeína.

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Notícias Ao Minuto
29/08/2019 13:00 ‧ 29/08/2019 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Beber café

Para muitos de nós, aquele tão desejado café matinal não desperta apenas o cérebro, servindo também para ‘acordar’ um intestino ‘preguiçoso’.

Não é novidade que beber café costuma ser remédio santo para quem tem sofre de prisão de ventre. Mas a ciência nunca conseguiu explicar muito bem o porquê desse efeito laxante.

Agora, uma equipa de investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, resolveu investigar a questão mais a fundo.

Para efeitos daquela pesquisa os cientistas realizaram uma experiência em roedores, que tomaram café durante três dias seguidos. Os animais ingeriram tanto a versão normal da bebida quanto a descafeinada. Usando sondas e testes físicos, os investigadores examinaram a reação dos músculos intestinais dos roedores e também aplicaram café dos em tecidos musculares retirados do seu sistema digestivo.

Em ambas as abordagens, deu-se uma contração da musculatura dos intestinos grosso e delgado após a ingestão de uma chávena de café. Essa movimentação faz com que os conteúdos se movam mais depressa dentro das tripas — e cheguem mais rápido à porta de saída. “O café tem esse efeito estimulante na mobilidade do intestino, e o mesmo vale para o tipo descafeinado, explica Xuan-Zheng Shi, principal autor da pesquisa, ao site Gizmodo.

Shi e a sua equipa mostraram não só que o café estimula a musculatura de outras partes do intestino, mas também que a bebida interfere no número de bactérias que vivem na nossa barriga – a famosa microbiota intestinal. Tendo constatado que o cocó dos ratos foi expelido com uma quantidade de micróbios menor que o normal.

“É um facto bastante interessante, porque significa que o café pode ser um agente antibacteriano, inclusive o descafeinado”, disse Shi. Mas, segundo ele, é necessário realizar mais pesquisas – com humanos – para entender de onde vem esse efeito supressor e se é benéfico ou não para o organismo.

 

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