Em indivíduos mais jovens, tanto enfartes com acidentes vasculares cerebrais (AVCs) tendem a ser mais graves, isto por que envolvem porções maiores do coração ou do cérebro.
“Os entupimentos, normalmente, são mais graves e súbitos e de artérias maiores. Isso leva a enfartes de pior prognóstico ou mesmo morte súbita", explica o cardiologista o cardiologista Marcus Gaz, à Albert Einstein (Sociedade Beneficente Israelita Brasileira).
Idosos acometidos pelos mesmos problemas tendem a apresentar entupimentos mais lentos, progressivos e menos súbitos. O coração e o cérebro, assim, têm mais “tempo para se prepararem” antes de um enfarte maior ou acidente vascular cerebral.
Os jovens, porém, têm mais chances de sobrevivência e recuperação sem sequelas. Estes têm normalmente mais reservas funcionais (órgãos mais saudáveis - saúde geral melhor), ausência de doenças prévias que possam atrapalhar a recuperação e menor taxa de complicações após esses eventos, tais como infecções hospitalares ou episódios hemorrágicos.
Novos hábitos, aumento do número de casos
De acordo com Gaz, as mudanças de estilo de vida, que resultam em mais pacientes jovens obesos, diabéticos e hipertensos, têm uma relação direta com o número de casos.
“Podemos também afirmar que há uma maior facilidade para diagnosticar doenças em qualquer faixa etária, o que resulta em maiores taxas de diagnósticos de várias doenças. A ressonância magnética por exemplo consegue visualizar AVCs muito pequenos que no passado poderiam passar despercebidos e sem diagnóstico", elucida o cardiologista.
Manter um estilo de vida saudável, como sublinha o especialista, é fundamental para redução no risco de ocorrência de doenças cardiovasculares, como derrames e ataques cardíacos. Manter o peso, controlar o stress, praticar exercício físico, manter uma boa alimentação e passar por avaliações médicas de rotina são fundamentais para prevenção desses eventos.