Um novo hotspot chegou à cena culinária de Lisboa. Visconti é um restaurante italiano com alma francesa, não fossem os seus proprietários, Guy-David Gharbi e Marc Laufer, empresários franceses da restauração a investir na capital e arredores – já inauguraram o restaurante Legaaal no Bairro Alto e o beach club Bohemian, na Costa da Caparica. Além do Visconti, no Chiado e de um outro Visconti a abrir em breve nas Docas de Alcântara, preparam-se para inaugurar outros novos espaços de restauração pela cidade.
Visconti escolheu como morada o Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 18. Guy-David Gharbi escolheu dar-lhe o nome do seu realizador favorito e, nem de propósito, calhou também ser este o apelido da atriz Maria Visconti, o amor secreto e italiano do artista que dá nome ao conhecido Largo no Chiado.
Podíamos estar em Paris ou Milão e a sensação seria a mesma. Passando a esplanada deste bistrô italiano entra-se num espaço contemporâneo e aparentemente sofisticado que convida a descontrair em grande estilo.
No Visconti vive-se e respira-se la dolce vita. Paredes pintadas em midnight blue, sofás corridos em capitoné, mesas com tampos de mármore, quadros com páginas recolhidas da revista Paródia, de Bordalo Pinheiro, livros de um qualquer alfarrabista, mobiliário vintage e um forno a lenha à vista, que quebra qualquer formalidade ou frieza ou não parecesse saído de um desfile Dolce & Gabbana.
Acqua in bocca!
Ao entrar neste espaço cuja decoração acolhe, descontrai e apela ao convívio, o que interessa, no final de contas, é o que sai da cozinha. E o menu, em constante construção, espelha Itália no seu melhor, de Norte a Sul do país, reflectindo o receituário clássico italiano, com toques contemporâneos e autorais, usando sempre ingredientes frescos e premium.
Em italiano, fare la scarpetta significa segurar um pedaço de pão entre o polegar e o indicador para 'limpar' o que resta do prato. No Visconti corre-se o perigo de, ainda antes de se chegar aos antipasti, devorar o Couvert com manteiga aromatizada da casa, grissini, chips de pão italiano, queijo e o premiado azeite Marchesi de Frescobaldi Laudemio – o aviso foi feito: que se guarde espaço para o que aí vem. É que todo este preparo é sugestivo da grande refeição que ainda está para vir e comunica as virtudes italianas de prazer, partilha e generosidade.
Nos antipasti, a palavra de ordem é partilha. A Focaccia com azeite e alecrim é obrigatória, melhor ainda se acompanhada de uma Burrata, de uma Mozzarela affumicata ou de uma Tábua mista de queijos e charcutaria italiana.
Na secção das pizze, existem 13 variedades fiéis ao tradicional estilo napolitano – destaque para a Margherita, a Pugliese e a Calabrese - mais três calzoni, como a de Burrata e a de Trufa.
Chega a vez das proteínas. Da Terra pode optar-se entre os Scalopini a la Milanesa ou o Entrecôte Toscano 240g com risoni; do Mare, o difícil será escolher entre o Filete de Robalo com risotto de tomate ou o Polvo com linguini nero.
Finalmente as Ricette al Dente, cinco massas frescas feitas in house, onde se destaca a Carbonara com guanciale - natas nem vê-las, como manda a tradição! – e a romana Caccio e pepe. Nos dois pratos de Risotto, o Di Mare Especial é um mergulho no Oceano e de cogumelos selvagens leva-nos à terra.
Ainda há espaço para a sobremesa? Que tal um Limoncello para digerir e ganhar espaço para um Tiramisu ou uma Panacotta?
Todos os dias da semana, ao almoço, a primeira página da carta sugere um prato do dia por 12,50 euros. Mas as dúvidas instalam-se assim que se vira a folha e vislumbram-se todas as sugestões à la carte do Visconti.
A Itália é aqui, em pleno coração de Lisbona.
