Pode até parecer lógico que o uso de dois preservativos ao mesmo tempo seja mais eficiente na prevenção de DSTs e gestações acidentais, mas não é de todo.
Os preservativos foram desenhados para se 'encaixarem' e revestirem o pénis uma de cada vez e, portando, colocar uma sobre a outra pode fazer com que nenhum dos dois preservativos proteja o membro como deveria e inclusive saia acidentalmente do lugar sem que o indivíduo se aperceba. Além disso, durante a prática do sexo, pode ocorrer fricção entre os dois preservativos — o que aumenta o risco que uma delas ou as duas se rompam.
Mais ainda, ocorre a mesma situação entre casais heterossexuais que já consideraram 'duplicar' a proteção utilizando o preservativo masculino e o feminino durante o ato sexual. Para que os preservativos funcionem eficientemente, devem ser usados um de cada vez — e não em conjunto —, ser colocados corretamente, conforme indicado pelo fabricante, e ser devidamente descartados após o uso. E tenha sempre em atenção o prazo de validade.
Combinar diferentes métodos
De acordo com Gina Shaw, professora em sexologia, na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, embora os fabricantes de preservativos informem que estes oferecem um índice de proteção de 98%, a efetividade real é de 82%. No caso da versão feminina, apesar da efetividade divulgada ser de 95%, na realidade, há um índice real de 79% de proteção.
Com esses dados em mente, caso a intenção seja garantir que uma gravidez indesejada não vai ocorrer, um conselho seria combinar um método anticoncepcional — como a pílula, o dispositivo intrauterino ou o implante anticoncepcional — com o uso do preservativo. Dessa forma, além de evitar uma possível gestação, protege-se de eventuais DSTs.