O conceito de 'sono de beleza' é real. A ciência explica

Dormir uma boa noite de sono realmente prepara-nos para encarar com ‘melhor cara’ o dia seguinte, já que um sono recuperador ajuda a recuperar as fibras de colagénio.

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Liliana Lopes Monteiro
21/01/2020 10:30 ‧ 21/01/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Sono de beleza

Uma equipa de biólogos britânicos da Universidade de Manchester, explicou pela primeira vez aquela que é a função do chamado ‘sono de beleza’, avança a revista Galileu. Ao que parece dormir uma boa noite de sono realmente prepara-nos para encarar com ‘melhor cara’ o dia seguinte, já que um sono reparador ajuda a recuperar as fibras de colagénio.

O novo estudo foi realizado com ratos e publicado no periódico científico Nature Cell Biology. No artigo divulgado, os cientistas elucidam que as fibras de colágenio são reabastecidas durante o sono. O colagénio é um tipo de proteína no organismo humano que garante a elasticidade e força no tecido conjuntivo, sendo que quando existe em abundância contraria os efeitos de envelhecimento da pele – como o aparecimento de linhas de expressão, rugas ou flacidez dos tecidos.

Existem ainda duas variantes de fibras de colagénio. As grossas, que são fabricadas até aos 17 anos de idade e permanecem no corpo por toda a vida, e as finas, que são quebradas durante o dia e reabastecidas durante a noite. O estudo mostrou que os mecanismos do nosso relógio biológico repõem as fibras que foram perdidas e protegem as permanentes

O estudo

Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores observaram os ratos a cada quatro horas, por dois dias seguidos. Nesse período temporal, os cientistas aperceberam-se que ao eliminar os genes associados ao relógio biológico, as fibras eram misturadas. Porém, com o relógio a funcionar corretamente, processo que ocorre durante o sono, as mais finas morriam e as grossas permaneciam, como é suposto acontecer.

"Saber isto pode ter implicações no entendimento de nossa biologia no seu nível mais fundamental. Pode, por exemplo, dar-nos uma visão mais profunda de como as feridas cicatrizam ou como envelhecemos", explicou o professor Karl Kadler, principal autor do estudo.

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