É cada vez mais crescente a preocupação das mulheres portuguesas com a estética das suas regiões íntimas. Muitas vezes a autoestima da mulher é alterada devido à estrutura e composição da sua zona genital. Muitas vezes a própria fisionomia da vagina pode interferir com a vida íntima da mulher e afetar a sua performance sexual.
No que à cirurgia íntima da mulher diz respeito, é possível realizar aperfeiçoamentos e ter como resultado final uma harmonização total da zona genital. Consequentemente, devido a este rejuvenescimento vaginal, também a vida íntima da mulher acaba por melhorar não só a nível físico como a nível psicológico uma vez que o aspeto da região genital se torna mais bonito e adequado às expetativas de uma paciente.
Labioplastia – Redução dos pequenos lábios e correção dos grandes lábios
O tamanho excessivo dos pequenos lábios vaginais ou uma assimetria visível e desconfortável entre os mesmos são exemplos de deformidades que causam desconforto e podem ser inestéticos. No entanto este problema é facilmente corrigido com a realização de uma labioplastia. Para a correção da hipertrofia (aumento) dos pequenos lábios ou assimetrias, recorremos à labioplastia que não carece de ausência laboral. No caso de uma assimetria pode ser possível aumentar um dos lábios para que se equipare ao outro. A labioplastia é uma cirurgia que dura cerca de uma hora na qual recorremos a anestesia local em regime ambulatório. Os resultados da labioplastia são vitalícios e são feitas pequenas incisões nos pequenos lábios que por serem uma mucosa, cicatrizam facilmente de forma perfeita e invisível. Segundo o cirurgião plástico Dr. David Rasteiro “os cuidados a ter no pós-operatório passam pelo cuidado com a higiene da região e as lavagens com betadine ginecológico. Para uma recuperação plena, deverá pausar atividade sexual de quatro a seis semanas e poderá retomar findo este período. A restrição da atividade desportiva é curta - apenas 10 dias”.
Outra zona passível de correção são os grandes lábios vaginais cuja repercussão negativa vai, muitas vezes, além da estética visto que pode mesmo afetar a vida diária da mulher, por exemplo, ao dificultar a higiene genital. Dependendo do caso, segundo o Dr. David Rasteiro “podemos aumentar ou reduzir os grandes lábios. O objetivo é harmonizar a região íntima da mulher e que os grandes lábios cubram os pequenos lábios corretamente”. Na cirurgia estética é possível recorrer ao lipofilling para aumentar os grandes lábios. A gordura aumenta o volume em casos em que os grandes lábios estejam atrofiados. Em caso de um excesso de pele ou volume é então indicada a cirurgia de redução dos grandes lábios. Mais uma vez o pós-operatório é importante com atenção na higiene da região e com lavagens com betadine ginecológico. A paciente deverá abster-se de relações sexuais por quatro a seis semanas.
As cirurgias indicadas para o clitóris e canal vaginal
Existem outros procedimentos cirúrgicos complementares que podem ser realizados na zona vaginal da mulher e que vão beneficiar a sua saúde, bem como a aparência da vagina. A clitoriopexia (redução do capuz clitoriano se excesso de pele sob o clitóris), e a vaginoplastia que permite a redução do introito vaginal (entrada do canal vaginal) ou ainda a colporrafia que reduz o canal vaginal são procedimentos que devem ser realizados por um cirurgião certificado pela Ordem dos Médicos. O Dr. David Rasteiro acrescenta que “estes procedimentos devem ser discutidos com o médico e deve haver uma relação de confiança entre a paciente e o mesmo de forma a gerir as expetativas que são de extrema importância nos casos de uma cirurgia íntima”.
Já a cirurgia de redução do monte de Vénus é indicada para pacientes que tenham gordura acumulada na região púbica que se consegue retirar através de lipoaspiração. Realizada sob anestesia local ou geral, dura aproximadamente 45 minutos onde é feita uma pequena incisão de 5mm abaixo da linha do biquíni, tornando-se discreta, e podendo ficar mesmo impercetível. A nível de cuidados pré e pós-operatórios o Dr. David Rasteiro assinala que “esta cirurgia não necessita de internamento e apenas deverá retomar a atividade física uma a duas semanas após a cirurgia”.
Não obstante, existem algumas alternativas não cirúrgicas para rejuvenescimento vaginal e reabilitação do pavimento pélvico que melhoram a elasticidade e tonicidade desta área. A radiofrequência é uma aliada neste sentido e que se complementa com a cirurgia íntima. A zona íntima começa a receber cada vez mais atenção por parte da mulher portuguesa que, caso não esteja satisfeita com alguma deformidade tem a possibilidade de a corrigir através de um rejuvenescimento vaginal que assim a faça sentir-se bem consigo própria, tornando-se mais autoconfiante.