Médico explica como sintomas da Covid-19 evoluem perigosamente a cada dia

Os primeiros sintomas do novo coronavírus, causador da doença da Covid-19, tendem a ser tosse seca persistente, febre e dor ou dificuldade ao respirar. Entenda como esses e outros sinais da patologia podem evoluir em casos ligeiros, moderados ou mais agressivos.

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Liliana Lopes Monteiro
01/04/2020 08:42 ‧ 01/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Sintomas da Covid-19

Estando atualmente a afetar mais de 740 mil pessoas em todo o mundo, a Covid-19 já provou que não é "só uma gripe", conforme alerta um artigo divulgado pela revista Galileu.

Provocada pela incidência do novo coronavírus Sars-CoV-2, a doença que danifica perigosa e por vezes irremediavelmente os pulmões pode ser fatal. 

O infectologista Luis Fernando Aranha, da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, explicou à revista Galileu quais são os sintomas da Covid-19, como se manifestam e progridem de dia para dia. A saber.

O período de incubação

Assim que o vírus se instala no organismo, o período de incubação, isto é, o tempo que demora até à manifestação dos primeiros sintomas, varia entre dois a 14 dias. Em média, os especialistas estimam que a maioria dos doentes comece a apresentá-los no quinto dia.

Quinto dia, o aparecimento dos primeiros sintomas 

Aranha alerta que os principais sintomas do novo coronavírus são febre, tosse seca persistente, cansaço extremo ou dores musculares. "Se a pessoa tem febre alta e contínua por dois a três dias, o caso requer uma avaliação médica", afirma o médico. A tosse característica da pandemia é frequentemente seca ou seja sem a secreção de muco.

Entretanto a sensação de fadiga geralmente resulta da debilidade das proteínas que estão associadas ao sistema de defesa do corpo humano ou sistema imunitário. "Estes são os sinais de que necessita de procurar urgentemente um médico", conta o infectologista. "Sobretudo, se pertencer aos grupos de risco da epidemia". Estes grupos incluem idosos (pessoas com mais de 65 anos) e pessoas com doenças prévias como cancro, diabetes, hipertensão, SIDA, cancro ou doentes renais, por exemplo.

Sétimo dia. A evolução

A partir do sétimo dia, é possível avaliar como será a evolução de cada paciente.

Os que sentem os primeiros sintomas durante um ou dois dias e, que de seguida, registam melhorias representam 80% de todos os infetados e são inseridos na categoria dos casos ligeiros. Já aqueles cujos sintomas agravam a partir do sétimo dia integram o grupo de casos moderados. Todavia, a presença de falta de ar e insuficiência respiratória nessa fase é um alerta e uma fonte de preocupação. 

"Nos casos graves, o vírus pode afetar mais de 50% do pulmão, provocando casos de insuficiência respiratória grave, nos quais o paciente precisará da assistência de uma unidade de terapia intensiva (UTI) e de ventilação mecânica", explica Aranha à Galileu. O médico salienta que se trata de um quadro de infecção intensa e pode causar lesões noutros órgãos, principalmente nos rins e no fígado, e nos casos mais extremos levar à morte do paciente. 

Dez ou mais dias

Casos considerados ligeiros, nos quais os sintomas não evoluem e felizmente estagnam, podem apresentar melhorias em cerca de sete a dez dias. No entanto, os doentes mais gravemente afetados podem levar mais de duas semanas para recuperarem.

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