De acordo com informações divulgadas pela revista Galileu, uma equipa de investigadores da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, está a receber fundos do governo federal norte-americano para formular um novo teste capaz de detetar a Covid-19 mais rápida e eficazmente.
Concebido a partir de uma nanossonda fluorescente, o produto já foi denominado de fluor-plasmónico e poderá em breve ser amplamente implementando em todo o mundo.
O artigo científico que dá a conhecer a tecnologia inovadora foi publicado no periódico Nature Biomedical Engineering.
Para Srikanth Singamaneni, líder da pesquisa e professor de engenharia mecânica e ciência de materiais o teste "será 100 vezes mais sensível, comparativamente ao método convencional de identificação de anticorpos do Sars-coV-2". O que por sua vez poderá apressar o diagnóstico de casos positivos da doença.
Adicionalmente, o novo exame apresenta a vantagem de não requerer a utilização de instrumentos dispendiosos e complexos - ideal para países e lugares mais empobrecidos.
Mas afinal, como funciona o novo teste?
A Galileu explica que o fluor-plasmónico inclui na sua composição nanopartículas de ouro revestidas com corantes convencionais que detetam quantidades minúsculas de biomoléculas-alvo em fluídos, neste caso do Sars-coV-2.
As nanopartículas de ouro e fluorescentes operam como se se tratassem de faróis. Desse modo, os médicos usam-nas para conseguirem visualizar as biomoléculas-alvo com exatidão.
"Entretanto, o problema da fluorescência é que, em muitos casos, não é suficientemente intensa", disse Singamaneni num comunicado divulgado à imprensa.
Contudo, a solução para esse empecilho baseou-se no uso das nanopartículas de ouro, que absorvem e propagam a luz mais eficazmente.