Especialistas em animais alertam que os pugs estão mais propícios a ficarem infetados com o vírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, comparativamente a outras raças de cães. Tal dever-se-à ao facto destes animais terem pulmões mais frágeis devido aos seus narizes achatados, reporta o periódico New York Post.
O alerta surge após um pug de dois anos, chamado Winston, se ter tornado no primeiro cão nos Estados Unidos a contrair o novo coronavírus. Os médicos creem que o bicho terá potencialmente contraído o vírus de um dos três membros da família infetados numa casa na Carolina do Norte.
"Os pugs sofrem da síndrome das vias aéreas braquicefálica. O que lhes dá a sua aparência característica - de focinho mais plano -, e que por sua vez lhes provoca uma série de complicações respiratórias", afirma Annie Harvilicz, veterinária e oficial médica nos hospitais Animal Wellness Centers hospitals. "É possível que por isso mesmo que os pugs estejam mais suscetíveis a contraírem o SARS-CoV-2".
A Covid-19 afeta os animais de forma semelhante aos seres humanos. A doença tende a causar complicações mais severas se existirem problemas respiratórios prévios ou se por algum motivo à priori o sistema pulmonar estiver por algum motivo mais debilitado.
Felizmente, Winston experienciou apenas sintomas ligeiros da Covid-19. Sendo que entretanto, o cão e os respetivos donos já recuperaram da doença.
Os especialistas alertam ainda que os pugs não são a única raça canina vulnerável à infeção pelo novo coronavírus. Outras 'raças braquicefálicas' incluem bulldogs, Chow-Chows, Shih Tzus e outros cães com focinhos caracteristicamente mais pequenos e pescoços mais curtos.