De acordo com um estudo recém-publicado no Journal of Virology, uma mutação no novo coronavírus reflete uma mudança que ocorreu no SARS - vírus geneticamente semelhante -, em 2003, indicando que o vírus atual pode estar a enfraquecer, diminuindo a sua gravidade.
Segundo o New York Post, o professor do Biodesign Institute e principal autor do estudo, Efren Lim, e a sua equipa utilizaram uma nova tecnologia para ler o código genético do SARS-CoV-2. Essa tecnologia ajuda os investigadores a determinar como o vírus se está a espalhar, modificar e adaptar ao longo do tempo.
Uma das 382 amostras de zaragatoa nasal examinadas em pacientes com coronavírus estava com falta de um segmento considerável de material genético.
Assim como acontece connosco, o material genético viral é composto por unidades químicas conhecidas pelas suas letras. O genoma humano consiste em três biliões de 'letras' de ADN. Os genomas virais são muito mais simples do que os nossos, e o coronavírus consiste em 30 mil 'letras' de RNA. Numa das amostras, os investigadores descobriram que faltavam 81 'letras', particularmente relevantes.
"Uma das razões pelas quais essa mutação é interessante é porque reflete uma grande exclusão que surgiu no surto de SARS em 2003", disse Lim, citado pelo New York Post. Durante as fases intermediárias e tardias da epidemia de SARS, o vírus acumulou mutações que diminuíram a sua força.
No entanto, os investigadores salientam que ainda é muito cedo para garantir que o vírus está a começar a perder a 'potência'.