Todos os anos surgem em Portugal cerca de 500 casos novos de doentes com cancro do pâncreas. O cancro do pâncreas é difícil de tratar porque os sinais iniciais são vagos, o cancro é altamente agressivo e ainda não existe teste de triagem. Trata-se de um oponente furtivo e muitas vezes letal. Quem o diz são os especialistas entrevistados pela Reader's Digest.
O cancro do pâncreas espalha-se rapidamente devido, em parte, à sua localização: profundamente no abdómen e adjacente a outros órgãos vitais. “As células tumorais do canctro do pâncreas são extremamente resistentes e agressivas. É provável que até pequenos tumores se tenham espalhado para outros órgãos no momento em que fazemos o diagnóstico”, explica Timothy Donahue, chefe da divisão de oncologia cirúrgica e professor de cirurgia na David Geffen School of Medicine da UCLA.
"Os primeiros sinais de cancro do pâncreas são vagos e nem sempre levam a uma investigação médica", diz Donahue. A lista de sintomas inclui dor abdominal ou nas costas, perda de peso, perda de apetite ou náusea. A icterícia - amarelecimento da pele - pode ser um sinal se o tumor bloquear o ducto biliar na cabeça do pâncreas.