Popular medicamento para indigestão "acelera recuperação do coronavírus"
O fármaco é vendido em Portugal.
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Lifestyle Covid-19
Após a toma de famotidina doentes com Covid-19 começaram a sentir-se melhor no espaço de 48 horas e os seus sintomas desapareceram passado duas semanas. Segundo os investigadores, alguns destes indivíduos estavam doentes há cerca de 26 dias antes de tomarem o medicamento.
Contudo, o professor e líder do estudo Tobias Janowitz do Cold Spring Harbor Laboratory Cancer Center, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, alerta que a pesquisa preliminar com famotidina apenas envolveu 10 pessoas entre os 23 e os 71 anos.
O especialista aponta para a necessidade urgente da realização de um ensaio clínico mais amplo e rigoroso, de modo a entender se o medicamento pode ser de facto prescrito para tratar com segurança pacientes com Covid-19.
Escassez
Vendedores como a Amazon estão com falta do fármaco no seu stock após informações terem sido divulgadas pelos meios de comunicação social de que idosos que haviam sobrevivido ao novo coronavírus SARS-CoV-2 na China o estariam a tomar.
A famotidina pertence a uma classe de drogas denominadas de histamínicos-2 antagonistas de recetores, que atenuam a produção de ácido no estômago, sendo vendida nas farmácias para o tratamento de azia e indigestão.
Janowitz, disse: “os dados apurados relativamente a estes 10 pacientes sugerem que a toma oral de uma dose elevada de famotidina é bem tolerada e está associada à melhoria de pacientes com Covid-19, que não necessitaram de internamento hospitalar".
Os pacientes que integraram o ensaio clínico tomaram famotidina entre cinco a 21 dias. A dose administrada mais frequente foi de 80mg três vezes por dia.
Consequentemente, os pacientes reportaram melhorias ao nível da respiração, tosse, cansaço, dores de cabeça, olfato e paladar. Três dos voluntários experienciaram efeitos secundários ligeiros.
Ainda não está clara a forma como a famotidina opera. Os cientistas creem que poderá incapacitar o SARS-CoV-2 de alguma maneira ou alterar a resposta do sistema imunitário ao mesmo.
Os resultados destes estudo preliminar foram publicados no periódico científico Gut.
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