Conforme avança um artigo publicado na revista Galileu, os investigadores norte-americanos esperam iniciar ensaios clínicos com a tecnologia já nos meses que se avizinham.
Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas modificaram o ADN de vacas de modo a que determinadas células do sistema imunitário conseguissem produzir anticorpos humanos. Alteração essa que torna possível a produção de enormes quantidades de anticorpos que agem contra as proteínas patogénicas presentes no organismo, entre estas a proteína spike do coronavírus.
"As vacas são usadas como um biorreator gigante", afirmou o investigador William Klimstra, da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, em declarações à revista Science.
Segundo os cientistas, o animal recebe uma imunização inicial, que por sua vez prepara o seu organismo para receber o vírus. Segue-se, a injeção que inclui uma parte da da proteína spike do coronavírus Sars-CoV-2, proporcionando o nascimento de anticorpos e a sua libertação na corrente sanguínea.
De acordo com Eddie Sullivan, presidente da SAb Biotherapeutics, por mês uma única vaca produz células suficientes para tratar centenas de doentes com Covid-19.