O diagnóstico precoce do vírus é essencial para deter a sua propagação, contudo até ao momento cientistas e médicos não dispunham de um teste totalmente preciso.
Várias pesquisas apuraram que até 29% dos testes conduzidos produzem um resultado negativo.
Enquanto que os exames administrados atualmente procuram detetar a proteína associada ao SARS-CoV-2, denominada ACE2, o novo teste desenvolvido por investigadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, examina os anticorpos produzidos pelo organismo quando o indivíduo adoece com Covid-19.
Os investigadores explicam ainda que o novo método é muito mais eficaz a identificar o novo coronavírus em pessoas assintomáticas, que correspondem a cerca de oito em cada dez infetados.
Alex Richter, investigadora do Instituto de Imunologia de Birmingham, disse ao jornal Daily Mail que a descoberta potencialmente revolucionária resultou de um estudo que envolveu mil funcionários do Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS).
"Apurámos que detetar os anticorpos em pessoas que adoeceram gravemente é um método bastante simples", afirmou
"Todavia, parece-nos que se a pessoa padecer de um caso ligeiro ou assintomático da doença a resposta do organismo pode ser menor nas proteínas analisadas pelos testes existentes até ao momento".
"Entretanto no nosso teste estamos a utilizar a montagem correta da proteína spike, que é a proteína usada pelo vírus para inicialmente se fixar nas células", explicou Richter.
"O teste revelou ser sensível à patologia em 98% dos casos e tal muda definitivamente as regras do jogo no que diz respeito a testar comunidades inteiras e a população de outros países".
Mais ainda, os investigadores garantem que o teste pode ser realizado através da recolha de sangue das veias ou proveniente de uma pequena gota ao espetar uma agulha no dedo, e deixar que o sangue seque num pedaço de papel ou cartão.
Tal pode assim permitir que os indivíduos conduzam eles próprios o teste em casa e de seguida enviá-lo para ser analisado num laboratório.
O novo teste deverá estar disponível já no próximo mês de julho e poderá ser adquirido através da Binding Site, um centro de diagnóstico fundado pelos investigadores da Universidade de Birmingham.