Ensaios clínicos realizados no Reino Unido revelam que optar por um método mais 'acelerado' de radioterapia é seguro e não acarreta efeitos secundários para o doente - apesar do receio inicial de que doses elevadas de radiação pudessem causar mais danos nos tecidos saudáveis do organismo.
Mulheres nos estágios iniciais de cancro da mama normalmente recebem 15 doses de radiação no tumor, após serem submetidas a cirurgia, administradas durante mais de três semanas.
Porém, este ensaio clínico, liderado por uma equipa de cientistas do Institute of Cancer Research em Londres, apurou que administrar cinco doses generosas durante o período de uma semana é igualmente seguro e eficaz.
Os resultados, publicados em abril na revista médica The Lancet, têm o potencial de mudar a forma como a radiação é dada aos doentes no Reino Unido e no resto do mundo, tornando o tratamento para o cancro mais conveniente e rápido.
A médica Jeanette Dickinson, Presidente do Royal College of Radiologists e consultora oncologista pulmonar, disse em declarações ao jornal The Sun: "os pacientes querem o melhor tratamento, mas também querem que as suas vidas sejam impactadas o menos possível. Se quatro semanas funciona tão bem quanto seis semanas, ou uma semana tão bem quanto três semanas, então preferem a opção mais breve".