Trata-se de uma ação que a maioria dos fumadores faz sem pensar duas vezes, mas o gesto 'inocente' de emprestar o isqueiro pode ter potenciado a disseminação do novo coronavírus.
Aliás, Daniel Andrews culpa o ato pela propagação do vírus em Victoria, conforme avança um artigo publicado no jornal Mirror Online.
"Não estamos a falar de um ato premeditado, mas sim de uma daquelas coisas que parecem inocentes e podem levar à transmissão do vírus. E isso prova o quanto este é infecioso", disse o chefe de governo de Victoria.
Entretanto, Andrews acrescentou que partilhar boleias pode também ter levado a uma maior propagação do coronavírus.
"Também parece existir uma probabilidade de que a partilha de boleia entre colegas de trabalho possa significar que ocorreu um contacto mais próximo do recomendado", afirmou.
Enquanto Andrews sugere que ambas as ações podem ter intensificado e acelerado a propagação do SARS-CoV-2, ainda não é totalmente claro para os médicos e cientistas se fumar aumenta de facto o risco de contrair Covid-19.
Alguns estudos sugerem inclusive que fumar diminui o risco de infeção, apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhar que não há informação suficiente que confirme essa inferência.
A OMS disse em comunicado: "a Covid-19 continua a ser uma doença infeciosa que ataca primeiramente os pulmões".
"Fumar debilita o funcionamento dos pulmões e faz com que o corpo tenha uma maior dificuldade em combater o coronavírus e outras doenças".
"Vários estudos indicam também que os fumadores apresentam uma maior probabilidade de desenvolverem quadros graves de Covid-19 e de morrer da patologia", concluiu a OMS.