O valor representa, segundo os cientistas, uma diminuição de 65% em casos adicionais de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Investigadores do Centro Oncológico MD Anderson da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, estimam que, devido à execução de diretrizes de distanciamento social, terão sido evitados mais de um milhão de casos de Covid-19 em todo o mundo.
A pesquisa, publicada no Plos One, e divulgada pela revista Galileu, assegura em termos científicos que a quarentena é uma ferramenta altamente eficaz na prevenção da propagação de patologias virais e infecciosas.
Raghu Kalluri, autor do estudo e professor catedrático de biologia do cancro, disse à publicação EurekAlert!: "no MD Anderson, estamos focados em cuidar de pacientes com cancro e sabemos que os nossos pacientes são altamente vulneráveis a Covid-19".
Conforme explica a revista Galileu, ao examinarem a propagação da Covid-19 nos 50 estados dos Estados Unidos, os investigadores detetaram que 47 - nomeadamente, os que haviam implementado medidas de distanciamento social - registaram um decréscimo notório nas taxas de transmissão da patologia, comparativamente aos três estados que não adotaram o resguardo.
Entretanto, os cientistas estudaram ainda 46 países onde políticas nacionais de distanciamento social haviam sido implementadas, 74 sem essas diretrizes e 14 com políticas regionais.
Segundo os investigadores, nas 46 nações que seguiram com rigor as recomendações de isolamento, 1,57 milhões de indivíduos evitaram ser contaminados pelo novo coronavírus, no espaço de 15 dias.
Por outras palavras, ocorreu uma diminuição de incidência de 65% novos casos de Covid-19.
"Trata-se de uma prova clara de que as medidas de distanciamento social podem coletivamente ter um tremendo impacto na redução da transmissão do SARS-CoV-2, e incentivamos os indivíduos a praticá-lo para ajudar a controlar a disseminação de novas infeções", salienta Raghu Kalluri.
