Um sono reparador e profundo reduz a acumulação de placas tóxicas no cérebro denominadas de beta-amilóide, que por sua vez estão associadas ao desenvolvimento de Alzheimer.
Matthew Walker, autor de um novo estudo acerca da patologia e professor na Universidade da California UC Berkeley, nos Estados Unidos, disse: "a quantidade de horas que dorme atualmente é um indicador que quase que pode ser usado como uma bola de cristal capaz de prever quando e o quão rápido a doença de Alzheimer se irá desenvolver no seu cérebro".
"O lado positivo é que há algo que pode fazer quanto a isso".
"O cérebro renova-se enquanto dorme, e por isso pode reverter este processo começando a dormir mais ainda na juventude", acrescentou.
Apesar dos participantes terem permanecido saudáveis durante a realização do estudo, os cientistas conseguiram estimar quando a doença de Alzheimer começaria a instalar-se e a propagar-se baseando-se na qualidade do sono dos indivíduos para prever a quantidade de placa que estaria a acumular-se nos seus cérebros.
Joseph Winer, co-autor da pesquisa afirmou: "ao invés de esperar até que alguém desenvolva demência daqui a vários anos, fomos capazes de avaliar como a quantidade do sono pode predizer alterações que irão ocorrer na placa beta-amilóide durante vários momentos".
"Ao fazê-lo, conseguimos medir o quão rápido esta proteína tóxica se irá acumular no cérebro, o que pode indicar o início de doença de Alzheimer".
Agora, os investigadores esperam descobrir formas de aumentar a quantidade e qualidade do sono entre pessoas que apresentam um risco elevado de demência.
Leia Também: Dez sintomas prematuros de Alzheimer. Não os ignore