Covid-19: mais de 50% dos doentes sofrem de fadiga persistente

Estudo realizado por investigadores irlandeses analisou os sintomas de 128 indivíduos dez semanas depois de estarem curados da infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

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Notícias ao Minuto
24/09/2020 08:14 ‧ 24/09/2020 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Fadiga crónica

A chamada fadiga persistente afeta mais da metade dos indivíduos recuperados da Covid-19, independentemente do quão ligeira ou grave foi a doença, revela o estudo irlandês, divulgado pela prestigiada revista Galileu.

Liam Townsend, co-autor da pesquisa e médico no Hospital St. James, em Dublin, aponta que apesar dos sintomas da doença já serem claros para os especialistas, o mesmo não se pode dizer acerca dos efeitos secundários da Covid-19 a médio e a longo prazo.

Os investigadores analisaram 128 voluntários, com uma idade mediana de 50 anos, 54% dos quais eram mulheres. Estes indivíduos foram examinados 10 semanas após estarem clinicamente curados do novo coronavírus.

Entretanto, 52,3% dos ex-doentes reportaram que continuavam a sentir fadiga persistente. De registar que 71 pessoas haviam sido internadas no hospital, enquanto 57 sofrerem de casos ligeiros a moderados de Covid-19 e não necessitaram de internamento.

"A fadiga ocorre independentemente da admissão ao hospital, afetando ambos os grupos igualmente", explicou Townsend num comunicado

Mais ainda, salienta a Galileu, os investigadores notaram que as mulheres perfizeram dois terços das pessoas afetadas pela fadiga persistente. Sobretudo, mulheres que haviam sido previamente diagnosticadas com depressão major e ansiedade. 

De modo a amenizar a fadiga, os autores da pesquisa sugerem a aplicação de terapias  não farmacológicas.

"Essas intervenções terão de ser adaptadas às necessidades individuais dos pacientes, e podem incluir modificação do estilo de vida, terapia cognitivo-comportamental e exercícios de ritmo próprio, quando tolerados", concluíram.

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