Resposta das células T oferece imunidade "seis meses após infeção"

Novo estudo sugere um segundo contágio é improvável. Note que as descobertas ainda não foram revistas por pares da comunidade científica.

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Notícias Ao Minuto
03/11/2020 07:45 ‧ 03/11/2020 por Notícias Ao Minuto

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Covid-19

Segundo um novo estudo, o SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, induz uma imunidade celular forte e duradoura após a infeção. Isto leva a crer que um segundo contágio é pouco provável e são um sinal encorajador para o desenvolvimento de vacinas.

“O nosso estudo é o primeiro no mundo a mostrar que a imunidade celular robusta permanece seis meses após a infeção em indivíduos que apresentaram Covid-19 leve/moderado ou assintomático”, disse o professor Paul Moss, da Universidade de Birmingham, citado pelo Guardian. O professor chefia o Coronavirus Immunology Consortium do Reino Unido que estudou 100 profissionais de saúde que foram infetados no início da pandemia.

De acordo com os investigadores, estas descobertas são um sinal encorajador para o desenvolvimento de vacinas que visam induzir imunidade sem causar doenças. Além disso, sugerem que poucas pessoas serão reinfectadas com o vírus SARS-CoV-2, logo após a primeira infeção.

A resposta imunitária humana à infeção viral é extremamente complexa, envolvendo a produção de anticorpos e células - principalmente células T - para combater o vírus. Uma outra investigação mostrou que os níveis de anticorpos geralmente diminuem rapidamente após a recuperação dos pacientes. Em contraste, os resultados do novo estudo "mostram que as respostas das células T podem durar mais do que a resposta inicial de anticorpos, o que poderia ter um impacto significativo no desenvolvimento da vacina e na procura pela imunidade", afirmou Shamez Ladhani, epidemiologista da Public Health England e autor da pesquisa.

 

Para chegar a esta conclusão, o UK Coronavirus Immunology Consortium testou o sangue de 100 profissionais de saúde que testaram positivo para o vírus durante março e abril: 44 não tinham sintomas e 56 tinham sintomas respiratórios leves ou moderados, mas nenhum estava doente o suficiente para precisar de tratamento hospitalar.

Todas as 100 amostras de sangue tinham células T direcionadas a uma variedade de proteínas no SARS-CoV-2, incluindo a proteína spike que o vírus usa para entrar nas células humanas. Por oposição, os níveis de anticorpos em algumas pessoas diminuíram para níveis indetetáveis em seis meses.

O tamanho da resposta celular variou acentuadamente entre os indivíduos. Em média, foi 50 por cento maior nas pessoas com sintomas do que nas que eram assintomáticas seis meses antes.

Mais pesquisas são necessárias para descobrir se esta imunidade celular elevada fornece mais proteção contra reinfecção em pessoas com sintomas mais graves.

Note que as descobertas ainda não foram revistas por pares.

Leia Também: Mutação do coronavírus tornou-o ainda mais contagioso, alerta estudo

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