Num pequeno estudo realizado nos Estados Unidos, os cientistas detetaram evidências de que os vírus mutantes foram eficazmente detidos pela vacina da Pfizer/Biontech, conforme reporta um artigo publicado no jornal britânico The Sun Online.
As novas estirpes de Covid que surgiram no Reino Unido e na África do Sul compartilham a mesma mutação N501Y.
Sendo que uma variante à parte da África do Sul apresenta a mutação E484K, com uma série de casos também detectados no Reino Unido.
Perante este cenário, especialistas e autoridades de saúde manifestaram o seu receio sobre o efeito das vacinas que estão atualmente a ser usadas, todas elas desenvolvidas previamente ao aparecimento das novas mutações do vírus.
Para testar a teoria, foram recolhidas amostras de 20 pessoas vacinadas entre duas a quatro semanas após receberem a segunda dose da vacina da Pfizer.
Os investigadores da Universidade do Texas Medical Branch (UTMB), em Galveston, à frente da pesquisa, descobriram que a vacina bloqueia o vírus com a mutação N501Y e E484K.
Pei-Yong Shi, da UTMB, disse: "a rápida propagação de estirpes do Reino Unido e da África do Sul do SARS-CoV-2 suscitaram preocupação - as mutações recém-emergidas afetam a eficácia da vacina, a potência terapêutica dos anticorpos, a transmissão do vírus e a gravidade da doença".
"Com uma colaboração contínua com a Pfizer, usamos um painel de amostras de soro de ensaio clínico para testar se essa mutação única afeta a atividade de anticorpos contra o vírus induzido pela vacina", acrescentou.
"Os nossos resultados mostraram que essa mutação por si só não compromete a atividade neutralizante da vacina contra o vírus, o que é uma boa notícia para a vacina".