De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicado esta quinta-feira, o risco de formação de coágulos sanguíneos depois de uma infeção pelo vírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19, é entre oito a dez vezes maior do que depois de se receber a vacina. A acrescentar, o risco é 100 vezes maior após a infeção, quando comparado com uma situação normal.
“Chegamos a duas conclusões importantes. Em primeiro lugar, a Covid-19 aumenta significativamente o risco de TVC [trombose venosa cerebral], acrescentando à lista de problemas de coagulação do sangue que esta infeção causa. Em segundo lugar, o risco de Covid-19 é maior do que vemos com as vacinas atuais, mesmo para pessoas com menos de 30 anos; algo que deve ser tido em consideração ao considerar o equilíbrio entre riscos e benefícios da vacinação”, disse Paul Harrison, professor de psiquiatria e chefe do grupo de neurobiologia translacional da Universidade de Oxford.
Para chegar a estas conclusões, foram considerados 513.284 doentes Covid e 489.871 pessoas vacinadas com a Pfizer ou Moderna. Os dados da AstraZeneca foram disponibilizados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Foram confirmados 39 casos de trombose venosa cerebral por cada milhão de doentes Covid. De acordo com o estudo, foram registados quatro casos por cada milhão de pessoas com a vacina da Pfizer e da Moderna e cinco casos em cada milhão com a vacina da AstraZeneca.
Isto significa que o risco de TVC é dez vezes maior com uma infeção do que com uma dose da vacina Pfizer ou Moderna e 8 vezes maior do que após uma injeção da AstraZeneca.
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