Identificadas mais de 250 proteínas ligadas a casos graves de Covid-19

Descoberta realizada através de exames de sangue.

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Notícias ao Minuto
05/05/2021 09:02 ‧ 05/05/2021 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

Num novo estudo, publicado no Cell Reports Medicine, investigadores procuraram perceber porque é que alguns pacientes morrem de Covid-19 enquanto outros, que parecem estar igualmente doentes, sobrevivem. 

A equipa liderada por Marcia Goldberg, especialista em doenças infeciosas, e médica no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, analisou os mecanismos que poderiam contribuir para o óbito em 384 pessoas. Como detalha a Galileu, os investigadores optaram por realizar uma análise proteómica, que consiste em estudar o conjunto de proteínas de uma célula, tecido ou organismo.

As amostras de sangue foram retiradas de 306 pacientes que testaram positivo para a Covid-19 e de outros 78 que apresentaram sintomas semelhantes, mas testaram negativo para o coronavírus. Esta recolha foi realizada três vezes durante o período de acompanhamento.

Seguindo a trajetória da doença, os investigadores descobriram que a maioria dos indivíduos com Covid-19 têm uma 'assinatura' consistente de proteína, independentemente da gravidade do quadro clínico. “Mas também encontramos uma pequena parcela de pacientes com a doença que não demonstraram uma resposta pró-inflamatória típica dos demais”, afirma, em nota citada pela Galileu, o investigador Michael Filbin, que explica que isso foi visto principalmente em pessoas mais velhas com doenças crónicas e sistemas imunitários mais fracos. Note que o organismo reage produzindo proteínas que atacam o vírus.

Numa segunda fase do estudo, foram comparadas as 'assinaturas' proteicas de pacientes com quadros graves e menos graves. A partir dessa análise, foi possível identificar, nos piores casos, mais de 250 proteínas associadas à severidade da doença. A mais prevalente delas é a interleucina-6 (IL-6), cujas taxas aumentaram continuamente em pacientes acabaram por falecer. Em pessoas que sobreviveram a quadros graves, esta proteína cresceu e, em seguida, diminuiu.

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