Quem faz jejum de muitas horas ou quem decide avançar com uma dieta cetogénica, que se baseia no processo de cetose, passa a produzir energia a partir de gordura que está armazenada no organismo. Isto, altera o metabolismo, torna o corpo uma máquina de consumir gordura, perde peso, previne doenças e aumenta a longevidade.
Enquanto médico prescritor de uma dieta cetogénica não tenho dúvidas dos resultados possíveis. A determinação e, acima de tudo, o acompanhamento médico são os dois elementos fundamentais para o sucesso. Ter um médico a acompanhar uma dieta para muitos é considerado excessivo ou até ‘absurdo’, mas não se deixe enganar, saber o que refletem as suas análises antes, durante e depois de avançar com uma dieta é crucial para a eficácia de todo o processo, porque o que se pretende é saúde a todos os níveis.
A dieta cetogénica tem múltiplos benefícios para a saúde, tendo sido originalmente, criada para ajudar quem sofria de convulsões e muito útil para tratar ou aliviar sintomas de epilepsia. Por outro lado, estudos mostraram que uma dieta cetogénica significa que mais de 90% do peso que o paciente perde é especificamente massa gorda e, que graças a isso, também melhora ou até normaliza o índice de resistência à insulina, indicador da diabetes tipo 2. Em outubro deste ano, falava-se que Portugal seria o país da União Europeia com mais pessoas com diabetes, registando mais de um milhão de portugueses.
Há quem veja a dieta cetogénica enquanto uma mudança nos hábitos alimentares, uma alteração no estilo de vida e estão certos. Contudo, a dieta não é recomendada para todos e como tal, não deve adotar esta dieta sem consultar um médico, pois o ideal é que seja ele a prescrever-lhe esta dieta. Antes de iniciar o processo importa ver exames e saber se está ‘apto’ para a dieta porque as alterações drásticas na alimentação devem ser sempre seguidas por profissionais de saúde garantindo, de forma efetiva, uma alteração saudável para todo o seu organismo.