"A Sanofi e a GSK estão a começar um estudo internacional de fase 3 para avaliar a eficácia da sua vacina contra a covid-19", anunciou o grupo francês em comunicado, dez dias após o anúncio de resultados encorajadores nos primeiros testes.
A fase 2, aplicada em algumas centenas de pessoas, mostrou que esta vacina induz a produção de anticorpos contra o coronavírus na maioria dos indivíduos nos quais foi testada.
Mas são os ensaios anunciados hoje, que envolvem cerca de 35.000 pessoas em vários países, incluindo os Estados Unidos, que devem dar uma ideia real da eficácia desta vacina contra a covid-19.
Se os resultados forem favoráveis, a Sanofi, que já prepara a produção, conta ter a aprovação das principais autoridades de saúde no último trimestre do ano.
Isso significa que, na melhor das hipóteses, a vacina da Sanofi será lançada quase um ano depois das primeiras vacinas distribuídas no mundo ocidental contra o coronavírus, as da Pfizer / BioNTech e da Moderna.
Na União Europeia (UE), as vacinas da Johnson & Johnson e da AstraZeneca já estão no mercado há semanas. De forma mais ampla, em todo o mundo, as vacinas russa Sputnik V e chinesa Sinovac também desempenham um papel importante nas campanhas de vacinação.
Este atraso na chegada da vacina da Sanofi é explicado por falhas no desenvolvimento.
O grupo farmacêutico francês pretende avaliar se a vacina é eficaz contra a chamada variante sul-africana e se pode ser usada como reforço, após outra vacina.
É uma vacina de proteína recombinante, uma tecnologia diferente das vacinas já aprovadas. A Sanofi também está a desenvolver uma outra vacina de RNA mensageiro, como as da Pfizer e Moderna, mas está ainda numa fase muito inicial.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.487.457 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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