Detetada possível ligação entre vacina da Pfizer e inflamação cardíaca

As autoridades sanitárias israelitas encontraram uma ligação provável entre a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 e casos de inflamação cardíaca, adiantou o Ministério da Saúde, citado na quarta-feira pela Bloomberg.

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© Dinendra Haria/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
03/06/2021 06:23 ‧ 03/06/2021 por Lusa

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Covid-19

Segundo veicula a agência de notícias, em causa estão dezenas de casos de inflamação cardíaca em homens jovens após a segunda dose da vacina.

O medicamento já foi administrado a mais de cinco milhões de pessoas no país e o número de casos de infeção pelo novo coronavírus desceu a pique.

O Ministério da Saúde disse na quarta-feira que, apesar da possível ligação, vai expandir a vacinação a jovens dos 12 aos 16 anos. A agência reguladora do medicamento dos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), autorizou a utilização da vacina para essa faixa etária.

De acordo com um estudo realizado por entidades oficiais de saúde, foram identificados 275 casos de miocardite entre dezembro de 2020, quando a campanha de vacinação começou, e maio de 2021, incluindo 148 casos no prazo de um mês após a vacinação.

Destes, 27 casos ocorreram após a primeira dose e 121 após a segunda dose. Em ambas as situações, cerca de metade dos casos ocorreram em pessoas com patologias prévias.

De momento ainda não existe a indicação de que os casos sejam resultado da vacina, disse a Pfizer, num comunicado.

A miocardite é frequentemente causada por infeções virais, e as infeções por covid-19 têm sido relatadas como causadoras da doença, argumentou o fabricante americano de medicamentos.

A BioNTech afirmou que foram administradas globalmente mais de 300 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus e que o "perfil de risco do benefício" da vacina continua a ser positivo.

"Uma avaliação cuidadosa dos relatórios está em curso e ainda não foi concluída", disse a empresa. "Os efeitos adversos, incluindo a miocardite e a pericardite, estão a ser regular e exaustivamente analisados pelas empresas, bem como pelas autoridades reguladoras", acrescentou o fabricante.

A maioria dos casos ocorreu em homens jovens, sobretudo entre os 16 e 19 anos, que maioritariamente foram hospitalizados durante quatro dias ou menos. Segundo o Ministério da Saúde, 95% dos episódios foram considerados ligeiros.

"Os riscos de contrair o novo coronavírus são mais elevados do que os riscos de tomar a vacina", acentuou o Ministério da Saúde. O número de pessoas que contraíram miocardite é pequeno e, na maioria dos casos, os pacientes recuperaram sem complicações, afirmou a tutela

Israel informou em finais de abril estar a analisar os casos para ver se existe uma ligação com a vacina.

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