Nomeada como P.5, a linhagem foi identificada pela Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e tem a mesma estrutura da estirpe original do SARS-CoV-2, mas sofre mutações proteína spike, como é conhecida a coroa do vírus que se liga à célula.
A descoberta ocorreu graças à monitorização genómica da Rede Corona-Ômica-RJ.
O estudo faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Laboratório Central Noel Nutels, da Fiocruz, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Investigadores do Rio de Janeiro e de São Paulo envolvidos na monitorização genómica do coronavírus já contabilizam 25 casos da estirpe P5 espalhados pelos dois estados.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 504.715 vítimas mortais e mais de 18 milhões de casos confirmados de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.884.538 vítimas mortais em todo o mundo, resultantes de mais de 179 milhões de casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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