Muito se tem falado nos efeitos secundários das vacinas contra a Covid-19, entre os quais a febre, a fadiga, as dores de cabeça, diarreia, dor no local da injeção, entre outros. Embora as reações possam ser um sinal do aceleramento do sistema imunitário, a falta das mesmas não significa que este falha em responder, diz um estudo realizado acerca das vacinas mRNA (Pfizer e Moderna), publicado esta sexta-feira no medRxiv e citado pela Reuters.
Para chegar a esta conclusão, os investigadores testaram 206 funcionários de um hospital para anticorpos contra o coronavírus antes e depois de estes receberem a vacina da Pfizer/BioNTech e analisaram os efeitos secundários.
Como nos ensaios clínicos, a dor no braço foi o sintoma mais comum, relatado por 91% após a primeira injeção e 82% após a segunda. Sintomas sistémicos, como fraqueza ou cansaço, ou dores no corpo, foram relatados por 42% e 28%, respetivamente, após a primeira dose e por 62% e 52% após a segunda.
Porém, não foi encontrada uma associação entre a gravidade dos sintomas da vacina e os níveis de anticorpos um mês após a vacinação.
Os investigadores esperam que as descobertas tranquilizem as pessoas de que a falta de efeitos após as injeções de mRNA não significa que a vacina não está a funcionar. A toma da Moderna também usa tecnologia mRNA, pelo que o princípio também se aplica.
Note que o estudo ainda aguarda revisão de pares.
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