Segundo adiantou a agência noticiosa EFE, a descoberta pode explicar a razão de alguns homens jovens saudáveis desenvolverem pneumonia grave devido ao novo coronavírus.
Em comunicado, o instituto explicou que o estudo, no qual também participaram peritos do Instituto Catalão de Oncologia, o Hospital Universitário de Bellvitge, a Universidade de Barcelona e a Universidade de Radboud dos Países Baixos, reafirma a necessidade de rastreios genéticos para melhorar a gestão dos pacientes covid-19 e intervir de forma direcionada.
Publicado na revista 'Frontiers in Immunology', o trabalho analisou a presença de variantes no gene TLR7 em 14 homens jovens, sem antecedentes clínicos, que precisaram de ventilação artificial para tratar a covid-19.
A sequenciação completa do gene TLR7 colocou em evidência que dois dos pacientes apresentavam duas novas variantes até agora não descrita no referido gene.
Para além disso, os irmãos homens destes dois pacientes também apresentavam as mesmas variantes e tinham sofrido uma forma de covid-19 grave.
"Diagnosticar deficiência no TLR7 não só pode ajudar a eleger o melhor tratamento para o paciente, como também pode servir para identificar aqueles pré-sintomáticos em risco e levar a cabo intervenções terapêuticas prematuras", sublinhou a líder do grupo de cancro hereditário do IDIBELL e do Instituto Catalão de Oncologia e uma das líderes do projeto, Conxi Lázaro.
Por seu lado, o investigador principal do IDIBELL e especialista do serviço de Medicina Interna do Hospital de Bellvitge, Xavir Solanich, indicou que "estas descobertas reafirmam o papel chave do gene TLR7 no reconhecimento do SARS-CoV-2 e na iniciação de uma resposta imunitária antiviral precoce".
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.163.235 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.301 pessoas e foram registados 954.669 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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