Estudo alerta que Hidroxicloroquina pode provocar danos no ADN
Investigadores afirmam que o medicamento pode causar alterações e danos genéticos.
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Lifestyle Covid-19
Um estudo realizado pela Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, que será publicado na edição de outubro do jornal científico DNA Repair e citado pela prestigiada revista Galileu, alerta que o fármaco hidroxicloroquina pode ter efeitos danosos no genoma. De sublinhar, que anteriormente a droga farmacológica já havia sido associada ao desenvolvimento de cardiotoxicidade e a complicações oftalmológicas e gastrointestinais
A hidroxicloroquina é há muito comumente usada para tratar a malária, artrite reumatoide e patologias autoimunes, porém, no começo da pandemia da Covid-19, foi considerada como uma possível alternativa para combater o novo coronavírus SARS-CoV-2.
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Sendo que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente já foi comprovada a ineficácia do medicamento contra o agente viral.
"O debate em torno da hidroxicloroquina chamou a nossa atenção e percebemos que, embora seja usada em vários tratamentos, os seus mecanismos exatos de ação ainda estão a começar a ser compreendidos", disse, num comunicado emitido à imprensa, Ahmad Besaratinia, coautor do artigo e professor no Departamento de População e Ciências de Saúde Pública da Escola de Medicina Keck.
A nova pesquisa revela, pela primeira vez, que a hidroxicloroquina pode ter um efeito tóxico nas células de mamíferos, provocando danos mutagénicos e no ADN, mesmo com doses leves ou administradas clinicamente. Mutações causadas por lesões no ADN podem por exemplo estar por trás do desenvolvimento de doenças crónicas, como cancro ou patologias cardíacas.
Os dados apurados, reporta a Galileu, foram adquiridos a partir do exame de sistemas de cultura de células derivadas de células embrionárias de camundongos - uma espécie de roedores.
Besaratinia acrescentou: "enquanto muitas experiências in vitro administram níveis altos e não realistas para testes com medicamentos, nós utilizamos doses terapêuticas que são realmente dadas aos pacientes".
Segundo os investigadores, como a mesma substância pode impactar de forma distinta organismos de espécies diferentes, os resultados necessitam ainda de ser validados por análises adicionais futuras.
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