Um novo estudo concluiu que as crianças mais novas, especialmente com três anos ou menos, transmitem mais facilmente o novo coronavírus à família ou pessoas com quem vivem do que adolescentes e jovens, com idades entre os 14 e os 17 anos.
O estudo foi publicado na revista científica JAMA - Journal of the American Medical Association e analisou dados do departamento de Saúde Pública de Ontário, no Canadá.
Os peritos investigaram assim surtos de Covid-19, nos quais uma criança tinha sido o primeiro caso positivo numa habitação ou numa família.
O estudo teve como objetivo apurar e compreender o risco de transmissão por idades. No início da pandemia, alguns cientistas sugeriram que o risco de transmissão diminuía com a idade, visto que havia menos menores infetados com o novo vírus. Contudo, esta suposição, dizem agora os investigadores, podia facilmente ser contestada só pelo facto de as crianças, devido ao distanciamento social, fecho de escolas e proibição de convívios, terem sido menos expostas a ambientes de riscos em comparação com grande parte da população adulta.
"De certa forma, este estudo demonstra o oposto do que tem vindo a ser dito", sublinhou Edith Bracho Sanchez, pediatra de cuidados primários e professor assistentes de pediatria na Columbia University", em declarações prestadas à ABC News, esta terça-feira.
Ainda assim, a investigação em causa também confirma que o risco de morte e de doença grave devido ao novo vírus é muito menor em crianças mais novas, em comparação com adolescentes e população adulta.
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