O estudo, que pode abrir caminho a novas linhas de tratamento da covid-19, foi publicado na revista científica PLOS Pathogens e realizado por uma equipa de cientistas da Universidade de Manchester, que usou culturas de células humanas infetadas com o SARS-CoV-2.
De acordo com a equipa, os medicamentos 'ebastina' (antialérgico com ação anti-histamínica), 'amodiaquina' (antimalárico), 'atovaquona' (anti-pneumonia), 'bedaquilina' (anti-tuberculose multirresistente), 'manidipina' (para a hipertensão), 'abemaciclib' e 'panobinostat' (anticancerígenos) e a vitamina D3 (que possui propriedades anti-inflamatórias e de reforço das defesas naturais) podem revelar-se promissores no tratamento da covid-19, uma vez que travaram a replicação do novo coronavírus em células humanas infetadas.
"O nosso estudo identificou compostos que são seguros em humanos e mostram eficácia na redução da infeção e replicação por SARS-CoV-2 em células humanas", afirmam os autores, citados em comunicado pela PLOS Pathogens.
Ensaios clínicos terão, no entanto, de ser feitos para se confirmar se esses compostos são adequados para o tratamento de doentes com covid-19, ressalvam.
Os autores do estudo lembram ainda que, apesar de promissores, "não são alternativas aos tratamentos existentes ou aos programas de vacinação" contra a covid-19.
Para quantificarem a carga viral nas culturas de células humanas, os investigadores usaram uma versão luminescente do SARS-CoV-2 (introduziram no vírus uma enzima que produz luz).
Pelo menos mais de 4,5 milhões de pessoas morreram no mundo por covid-19, entre os mais de 220 milhões infetados com o novo coronavírus, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se tornou pandémico.
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