A vacina concebida pela Pfizer e pelo parceiro alemão BioNTech já está a ser administrada a adolescentes a partir dos 12 anos.
E agora, a farmacêutica revela que o imunizante é eficaz em crianças dos 5 aos 11 anos e que por isso mesmo, irá pedir ao regulador dos Estados Unidos (FDA) e ao regulador europeu do medicamento (EMA) a aprovação imediata da vacina para essa faixa etária, reporta a WSFA 12 News.
A notícia chega num momento em que as autoridades de saúde de todo o mundo estão em estado de alerta devido ao regresso às aulas dos mais novos, receando que tal possa significar um aumento do número de infeções pelo novo coronavírus.
Para crianças em idade escolar, a Pfizer testou uma dose muito menor do imunizante - um terço da quantidade que está a ser atualmente administrada aos adultos e adolescentes.
No entanto, segundo o estudo conduzido pela empresa, após a toma da segunda dose, crianças com idades entre os 5 e 11 anos desenvolveram níveis de anticorpos contra o SARS-CoV-2 tão potentes quanto adolescentes e jovens adultos, disse o vice-presidente sénior da Pfizer, Dr. Bill Gruber, à agência The Associated Press (AP).
A dosagem infantil também oferece segurança, assegura a farmacêutica, com poucos ou semelhantes efeitos secundários aos dos adolescentes, nomeadamente dor no braço, febre ou cansaço.
"Penso que atingimos realmente o ponto ideal", acrescentou Gruber.
No começo de setembro, o dirigente da FDA Peter Marks disse em declarações à AP que quando a Pfizer terminasse as pesquisas, o regulador avaliaria os dados, "em princípio numa questão de semanas", e emitiria o seu parecer acerca da segurança e eficácia do imunizante em crianças mais novas.
Enquanto a maioria aguarda dados que deem aval para a vacinação dos mais novos, Cuba já terá começado a imunizar crianças com 2 anos com as suas vacinas e igualmente o regulador chinês autorizou duas das suas marcas para crianças menores de 2 anos.
Apesar da comunidade médica internacional concordar que as crianças apresentam um menor risco de contrair Covid e de experienciarem quadros mais graves da doença ou morte, nos Estados Unidos, por exemplo, cinco milhões de crianças já testaram positivo para a patologia pandémica e pelo menos 460 morreram, segundo dados da Academia Americana de Pediatria.
Adicionalmente, a disseminação da variante Delta naquele país levou à subida drástica de casos de infeção entre a população infantil.
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